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PF mira supostos financiadores de atos do 8/1 em nova fase da Lesa Pátria

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Foto: reprodução

A Polícia Federal cumpre 34 mandados nesta quinta (29) na 25ª fase da Operação Lesa Pátria contra suspeitos de financiarem e fomentarem os atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. A operação é realizada em 7 estados e no Distrito Federal.

São 24 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão preventiva e sete de monitoramento eletrônico expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As ações ocorrem no Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e no Distrito Federal.

Os mandados de prisão preventiva são cumpridos em São Paulo (1) e no Distrito Federal (2). As primeiras informações apontam que os alvos na capital federal são os empresários Joveci Xavier de Andrade e Adauto Lúcio Mesquita, do ramo supermercadista, que teriam financiado o acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército entre novembro de 2022 e janeiro de 2023 — eles também são alvos de busca e apreensão.

Xavier chegou a ter o indiciamento pedido pela CPI dos atos antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e pela CPMI do 8/1 do Congresso. Ele negou ter participado dos atos, mas admitiu ter ido ao QG do Exército pelo menos três vezes, em uma delas segurando um cartaz em que dizia “Supremo é o povo”.

A defesa dos empresários afirmou que “os investigados veem agora a oportunidade de elucidar completamente as questões em aberto”, e que “reiteram seu compromisso com a democracia, o Estado de Direito, o respeito às instituições, ao processo eleitoral” e instituições como Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal.

“O Grupo ao qual Joveci e Adauto são acionistas reitera que é contra o vandalismo e a intolerância política, e acredita que a democracia é feita com pensamentos diferentes, mas jamais com violência. A diretoria do Grupo respeita as Instituições brasileiras, a democracia e o Estado de Direito”, completou a defesa dos alvos.

Já os alvos de monitoramento com tornozeleira eletrônica estão localizados no Paraná, com três mandados; São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, com um em cada estado. Estes mandados são para colocar o dispositivo nestas pessoas, o que é incomum neste tipo de operação.

Também foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados para ressarcir o governo pelos danos causados às sedes dos Três Poderes. Se estima que os estragos ao patrimônio público podem chegar à cifra de R$ 40 milhões.

As primeiras imagens divulgadas pela PF apontam, entre os mandados cumpridos, a apreensão de duas armas, documentos e aparelhos celulares.

Segundo a PF, os investigados podem ser denunciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido. (Gazeta do Povo)

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