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PF investiga denúncias de ex-amante de FH

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Segundo Mirian Dutra, ex-presidente usou empresa para enviar-lhe recursos no exterior.

Agencia O Globo

BRASÍLIA — A Polícia Federal instaurou, nesta sexta-feira, um inquérito sigiloso para investigar declarações dadas pela jornalista Mirian Dutra, ex-amante do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ela afirmou que a Brasif S.A. Exportação e Importação ajudou Fernando Henrique a enviar recursos ao exterior. O dinheiro seria para Mirian e seu filho, Tomás Dutra, que foi registrado pelo ex-presidente. Segundo ela, a transferência ocorreu por meio da assinatura de um contrato fictício de trabalho, com validade entre dezembro de 2002 e dezembro de 2006. Fernando Henrique foi presidente da República entre 1º de janeiro de 1995 e 1º de janeiro de 2003.

Na época, a Brasif explorava as lojas de free shops nos aeroportos brasileiros. Pelo contrato firmado com a empresa, Mirian Dutra receberia US$ 3 mil mensais para fazer pesquisas “tanto em lojas convencionais como em duty free shops e tax free shops” em países da Europa. Ela disse, no entanto, que jamais teve de prestar o serviço. O acordo, segundo ela, foi articulado pelo lobista Fernando Lemos, que era casado com sua irmã, Margrit Dutra Schmidt.

“O Ministério da Justiça determinou à Polícia Federal, nesta sexta-feira (26), a abertura de inquérito para apurar a ocorrência de eventuais ilícitos criminais informados por Mirian Dutra Schimidt, em matéria publicada pela Folha de São Paulo, na coluna Mônica Bergamo, no último dia 17 de fevereiro de 2016. O inquérito tramitará em sigilo, na forma da legislação em vigor’’, informou o Ministério da Justiça, em nota distribuída à imprensa nesta sexta-feira.

Na sexta-feira da semana passada, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, já tinha afirmado que as denúncias de Mirian Dutra seriam analisadas por uma área técnica da pasta. Na ocasião, o ministro disse que, se comprovado indício de crime, a PF realizaria uma investigação mais aprofundada. Ele também afirmou que o caso deve ser analisado da mesma forma que ocorreria com qualquer outro cidadão.

Fernando Henrique admitiu ter mandado dinheiro, mas negou ter usado a empresa. Ele manteve um relacionamento extraconjugal com Mirian nos anos 1980 e 1990, período em que a jornalista ficou grávida. Ela alega que Tomás é filho de Fernando Henrique, mas exames de DNA realizados em 2011 apresentaram resultado negativo. Apesar do exame de DNA, o ex-presidente continuou a tratar Tomás como filho. Mirian também afirmou ter ficado grávida outras duas vezes em seis anos de relacionamento, mas que o ex-presidente pagou o aborto nas duas ocasiões.

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