A Polícia Federal de Pernambuco deflagrou nesta quarta-feira (4/11) a Operação 4 Milhões, com o objetivo de desarticular organização criminosa voltada a saques fraudulentos de precatórios.
Participaram da deflagração 40 policiais federais, que cumpriram, em Recife/PE e em Moreno/PE, quatro mandados de busca e apreensão, bloqueio de contas bancárias, sequestro de imóvel e afastamento de sigilo bancário e fiscal de pessoas físicas. Todas as medidas cautelares foram expedidas pela 4ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco.
As investigações começaram em outubro, quando a Caixa Econômica Federal descobriu o golpe levado a efeito por um advogado que apresentou uma Procuração Pública, lavrada no Cartório de Moreno/PE, com base em um documento de identidade falsificado, e conseguiu levantar o precatório no valor de R$ 4 milhões, na Agência da CAIXA, localizada no TRF da 5ª Região, em Recife.
A investigação busca identificar os demais membros desta ORCRIM, outros precatórios porventura sacados de forma fraudulenta, bem como o destino dos valores desviados.
Os integrantes da ORCRIM são investigados pela prática dos crimes de estelionato qualificado, associação criminosa, lavagem de dinheiro e constituir/integrar organização criminosa, cujas penas, se somadas, podem chegar a 30 anos de reclusão.
O nome da operação faz referência à quantia sacada de forma fraudulenta no valor de R$ 4 milhões.
A Polícia Federal (PF) na última quinta-feira (29) duas operações com o cumprimento de 29 mandados de busca e apreensão em quatro estados. A Operação Silício tem como foco um esquema de corrupção que, segundo as investigações, teria funcionado entre 2011 e 2016 e fraudado contratações do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec).
O Ceitec é uma empresa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações que fabrica circuitos e soluções em microeletrônica. O centro está sediado em Porto Alegre (RS), uma das cidades onde estão sendo cumpridos os mandados pela PF.
Segundo a PF, uma empresa do ramo de tecnologia se associou a um escritório de advocacia para lavar dinheiro obtido com a sonegação de tributos e pagar propina a servidores do Ceitec. Assim, a companhia privada teria obtido irregularmente um contrato com a empresa pública.