A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (21) a 47ª fase da Operação Lava Jato em cidades da Bahia, Sergipe, Santa Catarina e São Paulo
Por Jovem Pan / Arquivo/Marcelo Camargo/ABr
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (21) a 47ª fase da Operação Lava Jato em cidades da Bahia, Sergipe, Santa Catarina e São Paulo.
A fase foi batizada de Sothis e possui como principal alvo a investigação de empresas e sócios suspeitos de atuar em um esquema de repasses ilegais por parte de uma empreiteira a um funcionário da Transpetro (subsidiária da Petrobras), em troca de contratos.
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, um de prisão temporária e cinco de condução coercitiva. A prisão expedida foi cumprida na Bahia.
Os crimes investigados são corrupção, lavagem de dinheiro entre outros. O alvo da prisão temporária na Bahia, o ex-gerente da Transpetro José Antônio de Jesus, será levado para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Segundo o Ministério Público federal, a ação mira o ex-gerente da Transpetro, José Antônio de Jesus, seus familiares e intermediários, que são suspeitos de operacionalizarem o recebimento de R$ 7 milhões de propinas pagas por uma empresa de engenharia, entre os meses de setembro de 2009 e março de 2014.
O MPF afirma ainda que as investigações começaram após a colaboração premiada dos executivos da empresa investigada. Há provas de que o ex-gerente recebeu suborno para favorecimento da empresa em contratos com a Transpetro.
O valor foi pago por meio de depósitos realizados em contas bancárias de terceiros e familiares e vindos de contas da empresa de engenharia ou de seus sócios.
O MPF diz ainda que o ex-gerente teria pedido o pagamento de 1% dos valores dos contratos com a Transpetro como propina. Mas o acerto final ficou em 5%.
“Este valor foi pago mensalmente em benefício do Partido dos Trabalhadores (PT), de modo independente dos pagamentos feitos pela mesma empresa a pedido da presidência da Transpetro, e que eram redirecionados ao PMDB. O ex-gerente se desligou da subsidiária da Petrobras recentemente”, disse o Ministério Público.
Operação Sothis é uma referência à uma das empresas investigadas chamada Sirius. “Estrela Sirius era chamada pelos egípcios de Sothis”, segundo a PF.