A chapa do prefeito e vice-prefeito de Água Preta, na Zona da Mata Pernambucana, foi cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em sessão que aconteceu hoje. A decisão tornou Noé Magalhães (PSB) e seu vice, Neto Cavalcanti (PSB), inelegíveis por oito anos. A votação foi unânime, com sete votos a zero.
Os gestores foram afastados devido a prática de abuso de poder econômico e compra de votos nas Eleições 2020. Segundo o TSE, a Corte determinou a imediata comunicação ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) para a adoção das providências cabíveis para uma nova eleição para os cargos.
Ainda de acordo com o tribunal, o relator do caso, ministro Raul Araújo, avaliou que as provas documentais e testemunhais atestam diversas práticas irregulares cometidas pela chapa, a exemplo de conexões com grupo empresarial, distribuição gratuita de atendimento médico à população com finalidade eleitoral e uso excessivo de recursos financeiros.
“Verificou-se uma conexão indissociável entre o candidato que encabeçou a chapa majoritária e o grupo empresarial que carrega seu nome de urna, objetivando utilizar uma série de ações benéficas para a população local como meio de obter vantagem eleitoral”, destacou o ministro Raul Araújo, em nota.