Vítima perdeu investimento de dois anos
A tentativa de comprar um carro abaixo do valor de mercado com a oferta de lances, frustrou um piloto de avião do Recife, de 28 anos. Pedro Ferreira, que nos últimos dois anos, estava fazendo economias, além de investir em parte de bens da família, perdeu R$ 63 mil reais após sofrer um golpe de uma empresa de leilão online, que se passava por outra do mesmo ramo, com sede em Vitória de Santo Antão, a Coliseum Leilões.
Após arrematar o carro no formato online, uma mulher que se apresentou como funcionária da empresa de leilões fez contato com Pedro. “Recebi uma ligação dela me parabenizando pela compra do carro, em seguida foi me explicando como eu precisava fazer para seguir com o processo. Assinei o contrato, realizei a transferência bancária e aguardei a nota fiscal”, detalha o piloto. Ainda segundo a vítima, houve a tentativa de avaliar o carro pessoalmente, mas a atendente justificou que não era possível em razão da pandemia causada pela Covid-19.
Já com o dinheiro da vítima em conta, o plano da quadrilha foi de não atender as ligações, nem responder as mensagens do comprador. Na expectativa de retirar o carro em até três dias úteis,
Pedro se desesperou e compartilhou a situação com a família e amigos, que logo perceberam que o site da compra era falso. A ficha caiu quando a família de Pedro chegou a fazer contato telefônico com a verdadeira Coliseum. A empresa informou que o último leilão aconteceu no mês de dezembro.
“Quando fui pesquisar cliquei na primeira opção de site que apareceu na internet, vi que era real pelo endereço, logomarca, telefones com o DDD do estado, além de outros detalhes que estavam na tela, não tive dúvidas, e fiz o negócio”, relata sobre a confiabilidade do site, ao ter a certeza que estava na página que ele conhece da Coliseum Leilões.
Pedro tenta recuperar o valor perdido, além das ações judiciais que está movendo. Preocupado com os próximos dias, ele está contando com a solidariedade dos amigos e familiares, pois devido a pandemia não está conseguindo exercer nenhum dos trabalhos que faz, seja como piloto de aeronaves, ou guia de passeios na Disney.
Quando procurou a Delegacia de Repressão ao Crime Cibernético para registrar a ocorrência, a vítima tomou conhecimento que a quadrilha tem origem do estado de São Paulo. Além de fazer diversas vítimas pelo país, os criminosos estão usando os dados de uma empregada doméstica do interior de outro estado. A suposta vítima seria a responsável pelo CNPJ da empresa golpista.