A polícia prendeu um homem suspeito de explorar sexualmente a própria filha de 10 anos, no Recife. Segundo a Polícia Civil, o pai recebia dinheiro ou mantimentos para permitir que um idoso, que também foi capturado, estuprasse a vítima. Com ferimentos, a garota foi levada para hospital.
O caso do pai que prostituía a própria filha pequena foi descoberto no Dia das Crianças, na quarta (12), no bairro do Ibura, na Zona Sul da capital pernambucana.
Segundo uma nota divulgada nesta quinta (13) pela Polícia Civil, testemunhas relataram que a menina passou a noite fora de casa, com o pai, na casa do idoso. “Ao retornar, estaria sem os sentidos e com sangramento nas partes íntimas”, disse a polícia.
Ainda de acordo com relatos de testemunhas repassados pela polícia, o pai levava a filha, com frequência, para a residência do idoso, recebendo valores em dinheiro ou em mantimentos.
Por causa dos ferimentos, a menina foi levada pela própria mãe para a Policlínica Arnaldo Marques, também no Ibura.
Diante do quadro de saúde, teve que ser transferida para o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), nos Coelhos, na área central da cidade.
Procurada pelo g1, a assessoria de comunicação do Imip disse que a garota, que não teve o nome divulgado, está internada na enfermaria de pediatria e o quadro é “estável”.
Também por meio de nota, a polícia informou que os dois homens foram levados para a delegacia “para os procedimentos legais”.
O pai, de 40 anos, foi autuado em flagrante por exploração sexual de vulnerável, uma vez que a vítima tem menos de 14 anos.
Caso seja condenado pela Justiça, o pai da menina pode pegar até dez anos de prisão, além de pagar multa.
O idoso, que foi preso por manter relações sexuais com a garota, foi autuado em flagrante por estupro de vulnerável e prostituição.
Por causa desses crimes, esse homem, de 63 anos, pode pegar mais de 15 anos de cadeia. No comunicado, a Polícia Civil informou que as prisões foram efetuadas por uma equipe da Delegacia da Mulher, localizada em Santo Amaro, na área central do Recife.
O g1 também procurou o Conselho Tutelar da Região Político-Administrativa 6b, da qual faz parte o Ibura, e foi informado que estava aguardando o caso ser encaminhado pela polícia.
Coordenador do Conselho Tutelar, Luciano Max afirmou que, quando for acionado, pretende ir até a casa da família para saber qual a situação da criança.
“Se a mãe for conivente, vamos procurar parentes próximos para ficar com a criança ou levar a menina para uma casa de abrigo. Se a mãe não for conivente, poderá manter a menina em casa. Também precisamos saber se existem outras crianças lá”, afirmou.