O ex-candidato a vereador também destacou o problema histórico do açude do Denocs na região (foto), que já sofreu com a extração descontrolada de água no passado
Por Cidinha Medrado para o blog
Paulo de Honório, candidato do Partido Liberal (PL) nas últimas eleições municipais em Araripina, Pernambuco, que obteve o maior número de votos de seu partido, mas não conseguiu se eleger devido à falta de votos suficientes na legenda, fez duras críticas ao serviço de abastecimento de água na cidade. Em um áudio enviado à rádio local, Paulo apontou a insatisfação dos moradores com a Compesa e sugeriu que a população se organize em manifestações para exigir melhorias no fornecimento.
Durante sua fala, Paulo ressaltou que alguns bairros de Araripina estão há meses sem receber água, enquanto as contas continuam a chegar. “Temos bairros com 60, 120 dias sem água, e as contas continuam chegando. Está na hora de a sociedade civil organizada se mobilizar, fazer um manifesto, chamar a atenção”, afirmou. Ele sugeriu uma paralisação da BR-316, de forma responsável, com passagem permitida para ambulâncias e veículos de emergência, como forma de protesto.
O candidato também destacou o problema histórico do Denocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) na região, que já sofreu com a extração descontrolada de água no passado, deixando a população rural sem abastecimento. “Não podemos repetir o erro de 2010, quando secaram o Denocs e deixaram as pessoas sem água”, disse.
Paulo Tenório ainda criticou a dependência de carros-pipa durante os períodos de crise, afirmando que essa prática virou moeda de troca em eleições. Ele propôs que a água distribuída por caminhões-pipa seja retirada de pontos mais distantes, evitando secar os reservatórios locais e prejudicar a população rural. “Tem que ser carro oficial da defesa civil, não locado, para não beneficiar políticos”, reforçou.
Finalizando sua mensagem, o candidato chamou a população para se unir em ações que pressionem as autoridades competentes a resolverem o problema, mencionando a necessidade de parcerias entre a Compesa, o governo estadual e o município. “Se a sociedade organizada não se mexer, o caos vai continuar”, alertou Paulo, pedindo que a comunidade de Araripina tome uma posição firme e ativa para exigir o fim da crise hídrica.
