O governador acha justo que os custos de operação da transposição do Rio São Francisco sejam divididos entre a União e os estados compartilhados
Blog do Jamildo / Foto: reprodução
O governador Paulo Câmara (PSB) afirmou que acha justo que os custos de operação da transposição do Rio São Francisco sejam divididos entre a União e os estados compartilhados. “Mas precisa ter uma clareza nas regras”, disse. “E não pode, de maneira nenhuma, custar para aqueles que não têm como pagar”, defendeu ainda.
Segundo o socialista, caso os valores sejam repassados também para o Governo do Estado, quem não tiver renda suficiente para arcar com a despesa vai ter “as isenções necessárias”. “Vai pagar por essa água quem puder pagar, quem tiver condições dentro de um levantamento”, garantiu.
Em março, também em entrevista à Rádio Jornal, o presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Roberto Tavares, estimou, que não será baixo o impacto – já que não é tão simples empurrar água pelos mais de 200 quilômetros de canais só no eixo leste, o primeiro entregue. “Se fosse calculado hoje, o custo da água seria de 8% a 10% na conta do pernambucano”, declarou.
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Paulo Câmara lembrou que ainda não está definido quem vai administrar a transposição. Como mostrou o Jornal do Commercio essa semana, a ideia é que de o empreendimento seja administrado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que é vinculada ao Ministério da Integração Nacional e já atua no projeto, enquanto o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não termina o estudo que prevê a viabilidade de uma gestão privada para o projeto, através de uma Parceria Público-Privada.
“A companhia já concluiu e está executando uma série de atividades visando à pré-operação do projeto”, explicou a presidente da Codevasf, Kênia Marcelino, essa semana, pela assessoria de imprensa.
“Tem um semestre para definir isso”, advertiu Paulo Câmara.
Essa semana, como presidente em exercício, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assinou a ordem de serviço para a conclusão do eixo norte da transposição, obra que está parada há um ano.