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‘Patrocinadores’ podem estar por trás de hackers de Moro, diz Polícia Federal

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Juiz identificou ‘incompatibilidade’ entre as movimentações financeiras e a renda mensal de casal de suspeitos
*Jovem Pan com Estadão Conteúdo

A Polícia Federal investiga a possibilidade de “patrocinadores” estarem por trás do grupo preso sob suspeita de hackear os celulares do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, de delegados e de juízes.

Ao decretar a prisão temporária de quatro investigados, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10º Vara Federal de Brasília, apontou para a incompatibilidade entre as movimentações financeiras e a renda mensal de casal Gustavo Henrique Elias Santos e Suellen Priscila de Oliveira. Em dois períodos de dois meses (abril a junho de 2018 e março a maio de 2019), a dupla movimentou R$ 627 mil. Eles têm renda mensal de R$ 5.058.

“Diante da incompatibilidade entre as movimentações financeiras e a renda mensal de Gustavo e Suelen, faz-se necessário realizar o rastreamento dos recursos recebidos ou movimentados pelos investigados e de averiguar eventuais patrocinadores das invasões ilegais dos dispositivos informáticos (smartphones)”, registrou.

Além do casal, também foram presos Walter Delgatti Neto e Danilo Cristiano Marques. Os presos foram transferidos para Brasília. Segundo a PF, por questão de espaço, dois deles permaneceram na carceragem da superintendência e os outros dois foram levados por volta das 23h desta terça-feira (23) para local não informado.

Um dos endereços alvo de buscas nesta terça foi a residência da mãe de Gustavo Henrique Elias Santos, em Araraquara (SP). Santos, no entanto, foi preso na capital paulista. Ele trabalha com shows e eventos, segundo investigadores.

Walter Delgatti Neto, que já responde a processos por estelionato, foi preso em Araraquara. Segundo informações da Justiça Eleitoral, ele foi filiado ao DEM. A defesa de Delgatti Neto não foi localizada. Há, ainda, um quarto preso, em Ribeirão Preto (SP), Danilo Cristiano Marques.

O inquérito está sendo conduzido pelo delegado Luiz Flávio Zampronha, que, em 2005 e 2006, presidiu o inquérito do mensalão.

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