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Pai de candidato a prefeito de Petrolina é citado como “cliente” de esquema de lavagem de dinheiro da OAS

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altSenador Fernando Bezerra Coelho nega as acusações. Duas firmas de fachada eram usadas para lavar dinheiro e receberam R$ 83,5 milhões das empreiteiras OAS.

Do Correio Braziliense / Foto: Reprodução

Duas firmas com nomes parecidos, de fachada ou usadas para lavar dinheiro, receberam R$ 83,5 milhões das empreiteiras OAS — do empresário Léo Pinheiro — e da Mendes Júnior, de acordo com documentos da Operação Turbulência, da Polícia Federal. Para o Ministério Público, a maior parte dos valores se refere a irregularidades como desvios de obras públicas e lavagem de capitais. Só da OAS, a Câmara & Vasconcelos (C&V) recebeu R$ 42,5 milhões entre 2012 e março de 2015. “Todas as transferências”, segundo denúncia do procurador Cláudio Machado Dias, “tratam-se de desvio de recursos estatais, uma vez que a Câmara & Vasconcelos era uma empresa de fachada, incapaz de prestar efetivamente o serviço declarado como justificativa do pagamento”.

Já a Vasconcelos & Câmara (V&C), que tinha o mesmo endereço da primeira firma, recebeu R$ 41 milhões da OAS, do executivo Léo Pinheiro, e da Mendes Júnior entre 2012 e 2016. “Ao menos grande parte desses recursos é proveniente de superfaturamento por qualidade e por quantidade na execução das obras de transposição do Rio São Francisco, por parte do consórcio formado pelas empreiteiras OAS, Coesa (subsidiária da OAS) e Barbosa Mello”, avalia o procurador. Os desvios são apurados na Operação Vidas Secas.

A delegada da PF Andrea Pinho e o Ministério Público entendem que C&V a V&C são controladas por dois dos líderes do esquema, os empresários João Carlos Lyra de Mello Filho e Eduardo “Ventola” Freire Bezerra Leite – apesar de elas estarem registradas em nome de terceiros. Como mostrou o Correio na edição de ontem, eles tinham, como “clientes” de um esquema de lavagem de dinheiro, a OAS; os senadores Fernando Bezerra (PSB-PE) e Benedito de Lira (PP-AL); o deputado Artur Lira (PP-AL) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em agosto de 2014. A C&V foi usada, segundo o doleiro Alberto Youssef, para pagar propina a Artur Lira derivada de desvios da Petrobras. Todos os políticos negam as acusações.

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