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67% dos brasileiros estão frustrados com Lula; resultados ilustram um governo perdido

Foto: Paulo Pinto – Agência Brasil

Editorial Estadão

Uma recente pesquisa do Datafolha apontou a economia como o principal problema do País, num empate com a saúde. A preocupação econômica ultrapassou, na avaliação dos entrevistados, questões críticas como violência e corrupção, por exemplo.

É prematuro deduzir que se trata de tendência, pode ser apenas o retrato de um momento captado pela pesquisa, feita de forma presencial com 3.054 pessoas em 172 municípios nos três primeiros dias de abril. Mas o simples fato de o tema ter sido citado de forma espontânea por 22% das pessoas ouvidas dá a dimensão do nível de apreensão com o atual cenário econômico. Em setembro de 2023, ao responder à mesma pergunta sobre qual seria o principal problema do País considerando as áreas que são de responsabilidade do governo federal, apenas 10% responderam com algo ligado à economia.

Saúde também teve 22% das respostas na pesquisa deste mês de abril, enquanto a violência – que aparece de forma recorrente em levantamentos do tipo, em razão da percepção generalizada da fragilidade na segurança pública – foi apenas o terceiro problema mais lembrado, com 11%. Em setembro de 2023, a pesquisa apontou violência e saúde como as duas piores mazelas nacionais, cada uma delas mencionada por 17% dos entrevistados.

A insatisfação com a economia ocorre a despeito de importantes indicadores estarem positivos, como a taxa de desemprego historicamente baixa e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima do que se esperava, com expansão de 3,4% em 2024 em relação ao ano anterior. No entanto, há o incontornável fator inflação.

No primeiro bimestre de 2025, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial de inflação, atingiu 1,47%, quase metade da meta estipulada para o ano inteiro; o custo da cesta básica em 2024 subiu 14,22%, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), quase o triplo da inflação anual (4,83%), e continua subindo: de acordo com acompanhamento do Dieese, em janeiro, em São Paulo – capital com a cesta básica mais cara do País – já valia R$ 851,82, ou 60% do salário mínimo de R$ 1.518,00.

A inflação chegou ao bolso do consumidor, o que já é suficiente para explicar a predominância alcançada pela economia no rol de preocupações do brasileiro. Sem esquecer que, para tentar frear o ímpeto da alta generalizada de preços, a taxa básica de juros da economia (Selic) foi elevada a 14,25%, um patamar que não era visto desde outubro de 2016. Naquela época, em dez reuniões consecutivas o Copom optou por esse patamar, a última delas em agosto, mês em que Dilma Rousseff teve seu mandato presidencial cassado.

Nos oito anos e meio que se seguiram, o brasileiro não conviveu com uma taxa básica tão elevada e que, ao que tudo indica, deve subir ainda mais ao longo de 2025, já que a inflação não dá trégua. E juro básico, como se sabe, não é juro real. Aquele que mais dói no bolso do brasileiro médio, o do cartão de crédito, bateu 438,4% ao ano em setembro de 2024. Levantamento do Banco Central de março mostra como a taxa do rotativo varia de acordo com a instituição, chegando a ultrapassar 900% ao ano em quatro delas.

Inflação e juros altos são uma mistura explosiva, capaz de desestabilizar qualquer governo. E esta gestão, em especial, insiste em não reconhecer que a política lulopetista vem forjando esse quadro, origem da queda vertiginosa da popularidade de Lula. Como revelou a Coluna do Estadão, recortes da pesquisa Genial/Quaest mostram que 67% dos eleitores brasileiros se dizem frustrados com o terceiro governo Lula da Silva, 36% deles muito e 31% um pouco. No Nordeste, outrora reduto inconteste do petista, mais da metade (55%) se mostrou decepcionada.

Mas só se decepcionou quem tinha alguma expectativa positiva. E quem tinha alguma expectativa de que o novo governo de Lula da Silva pudesse ser responsável e prudente para manter o poder de compra da moeda, das duas, uma: ou era ingênuo ou era mal informado.

Discussão no trânsito termina com homem morto a tiros no Sertão de Pernambuco

Foto: reprodução

Uma discussão no trânsito terminou de forma trágica no município de Ibimirim, no Sertão do Moxotó. José Marcelo de Albuquerque, de 52 anos, ex-presidiário, foi assassinado a tiros na noite desta sexta-feira (11), no bairro das Lajes, próximo a um quiosque às margens da rodovia que liga Ibimirim a Petrolândia.

De acordo com a polícia, a vítima pilotava uma moto quando se desentendeu com um condutor de outro veículo. Durante o conflito, o suspeito teria sacado uma arma de fogo e atirado contra José Marcelo, que não resistiu aos ferimentos. O laudo inicial aponta que ele foi atingido por três disparos: dois na cabeça e um no peito.

Após o crime, a Polícia Militar isolou a cena e acionou o Instituto de Criminalística (IC) para realizar a perícia. O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) para os procedimentos de praxe.

A Polícia Civil abriu inquérito e segue investigando o caso, buscando identificar o autor dos disparos e esclarecer o que motivou o homicídio. (Blog do Elvis)

Raquel Lyra quer imprimir como marca da gestão a capacidade de tirar obra do papel

Foto: divulgação

Por Folha de Pernambuco

Tirar do papel é a marca que a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), pretende imprimir em sua gestão.

De obras paradas a projetos engavetados, mas considerados viáveis, passando por propostas originais, ela quer mostrar ser possível, bastando para isso ter articulação e vontade política.

Inaugurar o Terminal Integrado de Igarassu, no Grande Recife, foi um dos exemplos.

A estrutura deveria ter sido entregue em 2014 e a obra estava parada desde 2017. Investiu mais R$ 20 milhões, conseguiu um aporte de outros R$ 10 milhões da União e aumentou a capacidade de atendimento de 25 mil para 40 mil passageiros por dia.

“Eu poderia falar de números, mas tenho a dizer que existe aqui gestão pública de alta qualidade. Retomar uma obra é bem mais difícil que começar do zero”, atestou o secretário nacional de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Denis Andia, que participou do ato na sexta-feira (11)..

O evento teve a presença de quatro prefeitos – Elcione Ramos, de Igarassu; Paulo Galvão, de Itamaracá; Júnior de Irmã Teca, de Itapissuma; e Severino Ramos, de Paulista – além de líderes políticos da região.

E ganhou força principalmente porque há dez dias a gestora concretizou o que quase se tornou lenda urbana: desativou a Penitenciária Barreto Campelo. Com isso, abriu novas perspectivas de desenvolvimento urbano e econômico para a região.

Raquel Lyra também tirou do papel, só na Região Metropolitana, a proposta do bilhete único, a recuperação da PE-15 e o início de obras da PE-27, a Estrada de Aldeia. Para citar outros exemplos.

Planejamento cuidadoso
Outdoors espalhados em diversos pontos do Estado homenageiam a ex-deputada Marília Arraes, que hoje celebra idade nova. Indicativo de que deseja retomar o protagonismo político. E, apesar dos vários nomes postos, parece não descartar uma candidatura ao Senado em 2026. Tem circulado e conversado com líderes de várias regiões.

Governo Lula paga mesmo juro cobrado nos títulos públicos durante crise do governo Dilma

Foto: reprodução/Canal Gov

Há quatro meses, o governo Lula vende títulos da dívida pública com vencimento aproximado em dez anos a uma taxa real (descontada a inflação) acima de 7%. Durante o segundo governo Dilma Rousseff, entre 2015 e 2016, os juros ficaram nesse patamar durante seis meses em meio às crises política, econômica e institucional que desencadearam o impeachment da então presidente.

Economistas dizem que o cenário dificulta a queda do endividamento público, hoje calculado em 76% do PIB. Procurados, o Tesouro Nacional e o Ministério da Fazenda não comentaram.

A venda de títulos pelo Tesouro Nacional com vencimento em dez anos tem sido um termômetro mais sensível à política fiscal, ou seja, à saúde das contas públicas, pois aponta para a situação do endividamento público.

Quando o governo gasta mais do que arrecada, como acontece com o Brasil há mais de uma década, ele precisa aumentar a dívida para se financiar. Quanto maior a taxa desses papéis, maior o prêmio cobrado pelo mercado financeiro e o sinal de que os agentes não acreditam em melhora da situação no horizonte.

O Tesouro IPCA (NTN-B), que paga juros mais a inflação, com vencimento em 2032 foi vendido a uma taxa média real de 5,45% nos primeiros leilões do ano passado, atingiu 6% em abril e superou 7% no dia 3 de dezembro. Depois dessa data, só operou acima de 7%. No último dia 1º, o papel foi vendido a 7,84%. O mesmo movimento ocorreu com o título com vencimento em 2035, vendido a uma taxa média de 7,57% no dia 8.

Cirurgia em Bolsonaro para desobstrução intestinal é concluída após 12 horas

Foto: reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou neste domingo (13) pela sexta e mais longa cirurgia abdominal desde a facada que sofreu na campanha eleitoral de 2018. O procedimento durou 12 horas.

Segundo nota divulgada pelo hospital DF Star, o ex-presidente foi submetido a cirurgia de grande porte para remoção de aderências no intestino e reconstrução da parede abdominal.

Ainda segundo o texto, não houve intercorrências nem necessidade de transfusão de sangue. O hospital informou que a obstrução intestinal era resultado de uma dobra do intestino delgado que dificultava o trânsito intestinal e foi desfeita.

Por volta das 22h, Bolsonaro estava na Unidade de Terapia Intensiva, estável clinicamente, sem dor e recebendo “medidas de suporte clínico, nutricional e prevenção de infecções”.

A nota foi assinada pelo chefe da equipe cirúrgica, Cláudio Birolini, pelos cardiologistas Leandro Echenique, Ricardo Camarinha e Brasil Caiado, pelo diretor-médico do hospital, Guilherme Meyer, e pelo diretor-geral, Allisson Barcelos Borges.

Também por volta das 22h , a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro fez postagem afirmando que estava indo para a sala de extubação para poder ver o marido.

Bolsonaro chegou ao DF Star no sábado (12), depois de ser transferido de Natal (RN).

Ele estava na capital do Rio Grande do Norte desde sexta, quando foi levado de helicóptero após passar mal no interior do estado, onde participaria de um evento do PL, em favor da anistia aos manifestantes dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A cirurgia foi a sexta na região do abdome realizada por Bolsonaro desde a facada, e a mais difícil de todas devido ao acúmulo de procedimentos, segundo médicos ouvidos pela Folha.

Trindade: Tentativa de homicídio é registrada em posto de combustíveis

Foto: ilustrativa

Na noite deste sábado (12), uma equipe da PM foi acionada pelo policial civil Liomar, após denúncia de disparo de arma de fogo no Posto Cacique, Centro, Trindade, contra Olympio Francisco dos Santos Junior. O autor tentou fugir, mas foi detido após perseguição pela BR-316.

De acordo com a 9ª CIPM, com o suspeito foi apreendido um revólver Taurus calibre .38, com 5 munições CBC (.38), sendo uma deflagrada e quatro intactas. Ele foi conduzido à delegacia para os procedimentos legais.

Objetos Apreendidos:

01 revólver Taurus, calibre .38
05 munições CBC calibre .38 (04 intactas / 01 deflagrada)

Miguel Coelho: ‘ Sertão precisa de uma voz forte no Senado’; assista vídeo

Foto: Emannuel Gonçalves

Por Cidinha Medrado para o blog

O ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, participou do lançamento do São João 2025 em Araripina na noite dessa sexta-feira (11), onde destacou a importância da festa para a economia local durante entrevista ao Jornalista Roberto Gonçalves. Segundo ele, o evento pode gerar cerca de 1.000 empregos diretos e indiretos na cidade.

“É fundamental entender que o São João não é apenas uma festa, mas também uma oportunidade para gerar emprego e renda para a população local”, afirmou Miguel Coelho.

Ele também deu conselhos ao prefeito de Araripina, Evilásio Mateus, sobre como fazer uma festa de sucesso, destacando a importância de ter uma grade plural e contemplar diferentes ritmos e estilos musicais.

Miguel Coelho também falou sobre sua possível candidatura ao Senado Federal, afirmando que está preparado para ser um senador que represente os interesses do interior de Pernambuco.

“Acho que o Sertão precisa ter uma voz forte no Senado, e eu estou preparado para ser essa voz”, disse ele.

Ele também criticou a atual representação do estado no Senado, afirmando que os senadores não têm feito o suficiente para atender às necessidades do interior de Pernambuco.

Miguel Coelho também falou sobre seu legado em Petrolina, destacando os avanços que a cidade teve durante sua gestão, incluindo a educação, infraestrutura e saúde.

“Petrolina é hoje uma referência em muitos aspectos, e isso é fruto do trabalho que fizemos durante minha gestão”, afirmou.

Além disso, ao falar sobre sua possível candidatura ao Senado, Miguel Coelho enfatizou a importância de ouvir as necessidades da população e ter a participação popular na gestão pública exercendo seu direito de fiscalizar e influenciar as decisões políticas. Assista entrevista na íntegra:

Evilásio Mateus alerta para crise financeira e impactos da fiscalização da PRF em Araripina

Foto: reprodução

Por Cidinha Medrado para o blog

Na manhã desta sexta-feira (11), o prefeito de Araripina, Evilásio Mateus, em entrevista na Pop FM de Trindade, destacou os desafios enfrentados pelo município. Ele lamentou a redução nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e abordou a operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na região, que tem gerado repercussão entre os moradores.

O prefeito ressaltou que as prefeituras estão enfrentando uma redução significativa em suas receitas, dificultando a manutenção de serviços essenciais. “Os arrochos estão cada dia maiores. Quem assiste televisão vê que faz muito tempo que a inflação do Brasil não estava tão alta. O momento atual da economia e do mundo não é mais o mesmo de anos atrás”, afirmou.

Ele mencionou que, no passado, políticas econômicas ajudaram a estabilizar a inflação e promoveram programas sociais importantes. No entanto, segundo ele, a realidade atual impõe desafios maiores, com o aumento do custo de vida e a diminuição do poder de compra das famílias. “Nossa população está muito sofrida. O poder de compra do brasileiro diminuiu muito, e a economia está judiando do dia a dia das pessoas”, lamentou.

Questionado sobre a operação da PRF na região do Araripe, especialmente em Araripina, onde houve manifestações contra essa operação PRF que invade a área urbana. Ele reconheceu a importância da fiscalização, especialmente porque a região tem um alto índice de acidentes fatais. No entanto, destacou a preocupação da população com abordagens e possíveis impactos na mobilidade local.

“A polícia existe para dar segurança, mas as pessoas não podem ter medo dela. Essa operação vem do Governo Federal, do Ministério da Justiça, e não depende de governadores, deputados ou prefeitos”, explicou.

O prefeito esclareceu que os agentes da PRF têm respaldo legal para atuar dentro da cidade em situações específicas, como perseguições iniciadas em rodovias ou flagrantes de crimes.
“Quando questionei a superintendência em Brasília, eles foram duros na resposta. Mas o que representou aquele desespero foi a dor do nosso povo, que já enfrenta tantas dificuldades no dia a dia”, disse Evilásio Mateus.

Finalizando sua fala, o prefeito reforçou que os desafios econômicos e as dificuldades enfrentadas pela população exigem atenção das autoridades e parcerias para minimizar os impactos na cidade.

Canal do Blog do Roberto Araripina no YouTub atinge 1,2 milhão de visualizações

Foto: reprodução

Criado em 8 de fevereiro de 2020, o canal ‘Blog do Roberto Araripina ‘ coloca no ar informação de qualidade e confiança para população do Sertão pernambucano  e do Brasil inteiro.

A plataforma atingiu nesta semana 1,2 milhão de visualizações. São quase 5 mil inscritos e 1,9 mil vídeos publicados ao longo dos últimos cinco anos.

Um projeto que nasceu de um sonho do jornalista Roberto Gonçalves, idealizador e fundador. “Nosso intuito é levar a informação verdadeira, custe o que custar. Falamos sobre política, esportes, polícia, saúde, e principalmente colocamos no ar o que os ouvintes e espectadores pensam”.

Mudanças e evoluções

A cada novo vídeo aumenta o número de seguidores e o canal vai se profissionalizando. O que antes era feito de maneira “caseira” se tornou algo profissional

Recordar é viver: Multidão vai as ruas em Araripina para comemorar a vitória de Mimi

Foto: reprodução

Por Everaldo Paixão*

Com o resultado final da votação em Araripina, que fez consagrar Valdemir Batista prefeito de Araripina, com maioria esmagadora, na sexta-feira, 18 de novembro (1988), uma grande multidão se comprimia na frente do Clube Arca (local da apuração), na disputa de espaço, e espera do novo prefeito de Araripina, que se encontrava nas dependências do mencionado clube, em que recebia os cumprimentos dos amigos.

Carros enfeitados e o povo nas ruas empunhando faixas e bandeiras, marcaram a grande passeata da “vitória”, que se fizeram acompanhar um carro de som, tendo à frente o candidato a prefeito e vice, vitoriosos nas urnas, Valdemir Batista e José Alencar, respectivamente. Tudo isso numa demonstração de que Valdemir Batista mereceu a vitória e, que, sua mensagem foi bem assimilada.

Percorrendo às ruas de Araripina, neste dia muita gente aproveitou para conhecer a cidade, pois, uns a pé, outros de carro, foram até as ruas de difícil acesso, tendo sido possível, graças ao trabalho do prefeito Valmir Lacerda, que fez levar calçamento e saneamento, a exemplo da antiga Rua do Padre, onde aquela gente gratificada aplaudia demoradamente a passeata num gesto de muita grandeza.

Formando uma multidão, a exemplo dos comícios do PFL,realizados em Araripina, houve uma concentração em frente o Comitê do Partido, em que num palanque improvisado, tendo o candidato a prefeito vitorioso como seu vice, acenaram para o povo agradecendo pelos resultados das urnas. Nesse mesmo palanque, lá estava o conjunto “Banda Sete” a animar toda comemoração.

O prefeito eleito de Araripina, Dr. Valdemir Batista de Sousa, visitou algumas obras iniciadas na administração Valmir Lacerda e foi até a prefeitura, onde tomou ciência dos trabalhos internos da edilidade. Bastante precavido, ele não quis adiantar nada a respeito da formação do seu secretariado, embora tenha deixado bem claro que pretende colocar em pleno funcionamento todas as secretarias, a fim de realizar um trabalho descentralizado.

*Editor do Blog do Paixão

“A lição começa em casa”: Pequenas Reflexões para Grandes Transformações com padre José Nilton; ouça

Foto: reprodução

Um dos sentimentos mais angustiantes é a culpa. A cura mais eficaz é o perdão. Essa angústia pode ser ainda maior quando você vive culpando a si mesmo. Comece a lição de casa perdoando aceitando o próprio perdão. Não se culpe pelo que não está ao seu alcance. Nem tudo depende de sua participação. Dê-se a oportunidade de se refazer e sentir-se livre de uma responsabilidade que não é sua. O julgamento do mundo já é perverso e injusto. Não seja você também injusto consigo mesmo. Faça uma autoavaliação,  veja o que precisa mudar, faça as pazes com sua consciência e se prepare para a vida, pois ela está apenas começando,  afinal, você é outro nível.

Ouça abaixo a participação do padre José Nilton no programa Araripina Urgente do dia 12 de abril de 2021 na Rádio Arari FM:

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Escassez de mão-de-obra: Como um cidadão pode querer trabalhar se há um auxílio que o permite ganhar R$ 1 mil sem compromissos?

Foto: reprodução

Por Geraldo Eugênio

Os programas de transferência de renda para a população mais carente não são algo novo. Seu formato moderno teve início no segundo mandato do governo Fernando Henrique Cardoso, tendo à frente a figura inspiradora da socióloga e primeira-dama Ruth Cardoso. Aqui no Semiárido nordestino, quando ocorria uma seca, além da correria pelos carros-pipa, era comum ver a chegada das frentes de emergência e das cestas básicas — estas últimas, uma alternativa cara, de logística difícil e com baixa efetividade. Certamente, uma grande parte dessa ajuda se perdia no percurso entre a decisão e a casa do necessitado. Um grande avanço se deu quando Raul Jungmann, jovem ministro do MDA que contava com a simpatia do presidente e de dona Ruth, propôs que, em vez de cestas de alimentos, fosse distribuído o valor diretamente em uma conta bancária. Assim, o beneficiário poderia portar um cartão de crédito e comprar o que quisesse ou necessitasse.

No primeiro momento a ideia foi recebida com ceticismo. Colocar dinheiro na mão dessas pessoas seria incentivar o desvio para a compra de bebida e outros fins menos nobres e, certamente, não ajudaria em nada o combate à fome. Mesmo assim foi implantado este sistema e, por incrível que pareça, viu-se que dava certo. Antes das ações oficiais, o Brasil contou com a incansável luta de Herbert de Souza, o Betinho. Quem não se lembra dele, o apóstolo da erradicação da fome no Brasil que em 1980 fundou o Ibase e, na década de 1990, tornou-se símbolo de cidadania no Brasil ao liderar a Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida, a campanha contra a fome.

O fato é que hoje ao redor de 20,4 milhões de pessoas são cadastradas no programa Bolsa Família, o que representa uma população ao redor de setenta milhões de brasileiros. Parece uma anomalia mas esta é a foto do Brasil real. A luta permanente deve ser em promover a eliminação de famintos e ao mesmo tempo fazer com que as pessoas não dependam desse benefício, parece contraditório. O valor recebido mensalmente por essas famílias varia entre seiscentos e um mil reais dependendo do número de crianças. Em alguns estados este valor é acrescido por uma bolsa complementar dos governos estaduais.

Aí se cria uma situação de questionamento. Como um cidadão que está assinando sua carteira de trabalho e recebendo um salário-mínimo no valor de um mil e quinhentos reais pode querer trabalhar se há um auxílio que o permite ganhar um mil sem maiores compromissos e podendo completar  uma remuneração bem maior na informalidade? Esta é uma questão a ser avaliada por qualquer que seja o governo, independentemente da ideologia e conciliar formas de combater a fome sem limitar a gana por crescimento que tem dentro de cada um.

Por outro lado é importante que  fique claro que são os programas de transferência direta do governo federal com um complemento menor dos governos estaduais e o emprego público, aí se inclui o municipal que faz a máquina da economia girar na maioria dos municípios brasileiros. Sem esta renda circulante no comércio local o caos estaria se estabelecendo. Afinal, o recurso dos programas sociais é gasto localmente, não são usados em viagens ao exterior, na compra de produtos sofisticados ou em compras online, por incrível que pareça. Logo, muitos detratores dessa ação esquecem que seus negócios pereceriam sem ela.

O gato, hoje um negócio oficializado

Apesar do cenário descrito acima, o êxodo do trabalhador nordestino para atender demandas mais remuneradas continua em grande intensidade. Seja para cortar cana-de-açúcar em Alagoas, Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais ou para plantar e colher cebola em Santa Catarina ou até  para a construção civil em São Paulo e em cidades do Sudeste e do Centro-Oeste. São milhões de nordestinos que se deslocam todos os anos. Hoje pela manhã, em nossa caminhada em Serra Talhada, fui informado pelo amigo Kleber Nata, um dinâmico empresário de origem da cidade de Triunfo, que ao redor de um mil e quinhentos trabalhadores haviam sido arregimentados  por intermediários, antigos gatos, em uma única semana em Triunfo, um município com menos de vinte mil habitantes.

Conheço um estudante de um município do Sertão do Pajeú que passou toda sua infância e adolescência vendo o pai passar a maior parte do tempo em São Paulo ou no Paraná trabalhando na construção civil.

Remunerações melhores

O que provoca este êxodo? Em primeiro lugar a falta de oportunidade na região, especialmente em anos de seca como o que se testemunha em 2025, seguindo-se de uma melhor remuneração ofertada pelos empregadores que os agenciam e contratam. Espera-se que a maioria receba um tratamento digno e diferente do trabalho escravo ou similar que prevalecia até pouco tempo, mas que continua sendo a realidade do Nordeste.Há alguma opção para se limitar este modelo exportador de mão de obra barata. Seja na Índia, Paquistão, Bangladesh ou Ouricuri. A principal iniciativa seria a criação de novas oportunidades e a dinamização da economia que já se encontra em movimento mas não o suficiente para  apoiar a todos. Voltando às discussões anteriores, a diferença de hoje para algum tempo atrás é que a região conta com jovens qualificados ansiosos por uma oportunidade. Provavelmente, pela formação e pelo sistema de educação que se exerce, a maioria sonhando com um emprego público. Esta opção não é passível de ser alcançada uma vez que por mais dilatadas que sejam as folhas de pagamento das prefeituras do interior não haverá lugar para todos e, os postos melhor remunerados obrigatoriamente advêm de concursos, o que significa que uma fração muito pequena poderá ser absorvida.

Resta o apoio ao empresariado local, seja ele em que área for, a opção por áreas inovadoras e um programa nacional de suporte à criação de novas empresas tendo esses jovens como sócios. Há muitos talentos que não estão sendo devidamente utilizados pela nação e que sem o aproveitamento dessa inteligência disponível todo o esforço para educar será comprometido.

O sonho da moto

E para os que não contam com uma formação qualificada cujo sonho de consumo é uma moto, o que fazer? Não se criam milhões de postos de serviço em um piscar de olhos, mas sem se incentivar o estabelecimento de milhares de empresas continuaremos a ver milhões de nordestinos nesse deslocamento secular, hoje mais fácil e mais ágil, mas que não seria a melhor recomendação para nossa sociedade.

*Professor Titular da UFRPE-UAST

Pesquisa: João está bem, mas Raquel também tem chance

Foto: reprodução

Do Blog do Magno

O economista e analista político Maurício Romão analisou os dados da pesquisa Real Time/Big Data (RTBD), divulgada na última quinta-feira (10) pela TV Guararapes/Record. Os números mostram João Campos (PSB) isolado na liderança das intenções de voto para o Governo de Pernambuco. O prefeito do Recife aparece com 67% no cenário estimulado, o que representa o triplo dos 22% contabilizados pela governadora Raquel Lyra (PSD). Para Romão, a pesquisa espelha o resultado já detectado por outros institutos: uma larga vantagem de João Campos em intenção de votos sobre a governadora Raquel Lyra. “Se a eleição fosse hoje, a disputa estaria decidida”, comentou.

Maurício Romão, no entanto, ponderou que falta um ano e meio até o pleito. “A sociedade ainda não está totalmente voltada para as questões eleitorais (isso normalmente aparece nos altos percentuais de indecisos da pergunta espontânea, que, infelizmente, não foi disponibilizada pela pesquisa RTBD). Um dado importante que a pesquisa RTBD apresentou foi o da aprovação da governadora. Os números não são exuberantes, mas são razoavelmente expressivos. Outros institutos mostraram a mesma coisa”, explicou Romão.

A aprovação de um incumbente é o indicador mais forte da possibilidade de sua reeleição, segundo Maurício Romão. “Não é algo inexorável, mas, no geral, se a aprovação é baixa, as chances de reeleição do incumbente são muito reduzidas. Se a aprovação é razoável, mediana, o incumbente torna-se competitivo. Se a aprovação é alta, o incumbente é favorito. Mas não resta dúvida de que o prefeito, neste momento, exibe números bastante exuberantes”, explicou Romão.

Apagão atinge 11 cidades do interior de Pernambuco; Neoenergia aponta falha da Chesf

Foto: reprodução

Um apagão atingiu Caruaru e outros dez municípios do Agreste de Pernambuco na noite da última sexta-feira (11), por volta das 22h21. A interrupção no fornecimento de energia foi causada por um desligamento no setor de 69 kV da Subestação Tacaimbó, segundo informações da Eletrobras, responsável pela estrutura.

A Neoenergia Pernambuco informou que a falha não teve relação com a distribuidora e que o problema foi causado por alguma falha provinda da Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco). Ainda segundo a Neoenergia o restabelecimento da energia elétrica foi iniciado de forma imediata, com as cargas sendo normalizadas de maneira coordenada com a Eletrobras. As causas do desligamento ainda estão sendo apuradas.

Além de Caruaru, os municípios afetados pelo blecaute foram Toritama, Santa Cruz do Capibaribe, Vertentes, São Caetano, Brejo da Madre de Deus, Riacho das Almas, Cupira, Agrestina, Belo Jardim e São Bento do Una. Até o momento, não há registro de danos graves decorrentes da queda de energia.

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Morar Bem PE: Governo de Pernambuco entrega 140 títulos de regularização fundiária 

Foto: divulgação

Moradores da Vila Saramandaia, que viveram 49 anos sem a escritura, passam a ter posse de direito sobre suas residências graças ao empenho do Governo do Estado

Cento e quarenta famílias de baixa renda da Vila Saramandaia, em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR) receberam os títulos de propriedade de suas casas pelas mãos da governadora Raquel Lyra nesta sexta-feira (11). A população vivia há 49 anos no local e recebeu as escrituras registradas em cartório com os custos assumidos pela gestão estadual em mais uma iniciativa do programa Morar Bem Pernambuco. A vice-governadora Priscila Krause também participou da entrega.
 
“Temos a alegria de poder, na Vila Saramandaia, entregar 140 títulos de propriedade para pessoas que receberam suas casas da antiga Cohab, lá nos idos de 1975. Agora, temos a alegria de, através do programa Morar Bem Pernambuco, entregar o título de propriedade, a escritura no cartório. Eu vi aqui muita gente que passou a sua vida inteira esperando pela segurança da sua casa e agora pode celebrar essa conquista”, afirmou a governadora Raquel Lyra.
 
Desde 2023, a Perpart — estatal vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) — já conseguiu regularizar e registrar em cartório mais de 10 mil imóveis em todo o Estado. A empresa tem mais de 40 mil títulos em andamento. “A habitação popular vai além da injeção de dinheiro na construção de novas casas. A regularização fundiária é importante no nosso esforço de reduzir o déficit habitacional, pois permite que as famílias beneficiadas tenham segurança. Com a escritura de suas casas, essas pessoas passam a ter o conforto de saber que ninguém vai mandá-las sair de seus lares”, destacou a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Simone Nunes.
 
O trabalho de regularização fundiária é feito em parceria com o Núcleo de Regularização Fundiária (Nuref-Moradia Legal), do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que promove uma capacitação voltada para os municípios e cartórios com informações para que o processo aconteça mais rapidamente. “Estamos no tribunal para dar todo o suporte ao município em relação às dúvidas ou questionamentos e temos a parceria com os cartórios para ajudar quem precisa desse auxílio. É um processo importante, porque costumamos dizer que o título, de fato, é o que faz você ser o dono da sua casa. A gente está muito feliz que o Governo do Estado esteja dando tanta ênfase à regularização fundiária, porque isso é muito importante para o Estado”, explicou Ludmylla Belchior, representante do TJPE.
 
“Um dia importante para Igarassu e para a Vila Saramandaia. Temos uma estimativa de 207 famílias na comunidade. Fizemos um trabalho de campo, cadastrando as famílias e hoje foi o grande dia das famílias, de fato, virarem donas dos imóveis. Essas famílias moram há décadas no local e não tinham o direito de propriedade desses imóveis. Então, a partir de agora esses imóveis passam a valer mais, e as pessoas ganham segurança jurídica”, reforçou o presidente da Perpart, Francisco Amaral.
 
SONHO REALIZADO – Os trabalhos de regularização fundiária na cidade de Igarassu começaram em 2024. Para isso, foi assinado um acordo de cooperação técnica (ACT) com a prefeitura do município. “A Vila Saramandaia está festa recebendo esses títulos de propriedades, também muito esperado. Olha o tempo que eles sonham com isso, e hoje eles estão de posse de vitória, recebendo de verdade, de fato, o direito do documento e com isso a legalidade da sua propriedade”, pontuou a prefeita de Igarassu, Elcione Ramos. 
 
Maria Ismínia Calado, de 73 anos, relembrou o momento em que recebeu as chaves da casa, quando tinha 23 anos. “Todo brasileiro tem esse sonho de conquistar a casa própria. Eu, jovem, brasileira, 23 anos, fui contemplada naquele sorteio. Agradeço ao Governo do Estado e à Prefeitura de Igarassu, que hoje nos dão esse presente de Páscoa. Quantas caminhadas fizemos à procura deste documento? E hoje estamos recebendo aqui, nesse ato emocionante, o nosso sentimento é de gratidão em nome dos moradores”, festejou.
 
Também estiveram presente o prefeito da Ilha de Itamaracá, Paulo Galvão, o secretário de Assistência Social, Combate à Fome e Política Sobre Drogas, Carlos Braga, e o presidente da Câmara de Vereadores de Igarassu, Maguila.

Bolsonaro é transferido e deve passar por nova cirurgia em Brasília

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está sendo transferido para Brasília neste sábado (12) e deve passar por uma nova cirurgia abdominal. O ex-mandatário está internado desde sexta-feira (11) no Rio Grande do Norte, onde cumpria agenda com eleitores, após passar mal com fortes dores abdominais.

Bolsonaro será internado no Hospital DF Star, localizado na região central de Brasília, e deve passar pela sua sexta cirurgia desde que levou uma facada, em 2018. O ex-presidente deve chegar à unidade hospitalar por volta das 22h e continuará internado.

A decisão pela sua transferência para a capital federal foi tomada em conjunto com a equipe médica que o acompanhava em Natal e pelo médico Antônio Luiz Macedo, que já acompanha o ex-mandatário há alguns anos.

O ex-presidente precisou interromper uma agenda com eleitores que fazia na cidade de Santa Cruz, interior do Rio Grande do Norte, na tarde de ontem, após sentir fortes dores abdominais. Após ser internado e passar por exames, o diagnóstico apontou uma distensão abdominal causada por aderências intestinais, sequela das cirurgias realizadas desde 2018.

Durante a internação, o ex-presidente passou por sessões de fisioterapia e realizou caminhadas pelos corredores do hospital. Apesar de estar consciente e de bom humor, a sua alimentação permanece sendo feita por sonda, e ele segue em dieta zero.

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Governo Lula: Ampliação de isenção na conta de luz é anunciada por um ministro e desmentida por outro

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Por Estadão

O açodamento do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em anunciar mudanças na tarifa social de energia elétrica que, segundo ele, ampliarão em 50%, para 60 milhões, o número de beneficiários com descontos de até 65% nas contas de luz faz crer que o populismo tem pressa. A urgência do governo em ver refletido na aprovação popular o resultado de medidas espetaculosas serve como justificativa para toda sorte de benesse, mesmo aquelas que não tenham passado por análise de custos, como parece ser o caso.

Horas depois do anúncio, feito em evento público no Rio de Janeiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou haver estudos sobre o tema na área econômica. Mais do que isso, disse ter procurado Rui Costa, da Casa Civil – para quem Silveira afirmou que irá encaminhar a proposta nos próximos dias –, que afirmou desconhecer a medida. Quando se trata do governo Lula da Silva, desmentidos não dizem muita coisa. Basta lembrar que o programa de barateamento do carro popular, em 2023, também não foi admitido inicialmente pela Fazenda, mas acabou ocorrendo.

No caso da tarifa social, Silveira diz que a medida integra um projeto de reforma do setor elétrico elaborado por seu ministério, com ampliação da faixa de isenção total nas contas com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Pessoas de baixa renda e com consumo mensal de até 80 quilowatts/hora teriam direito à isenção. Além disso, todas as famílias com renda de até um salário mínimo e inscritas no Cadastro Único seriam dispensadas dos encargos da CDE cobrados na conta de luz.

O custo da bondade não foi informado, nem ficou esclarecido de onde virão os recursos para bancá-la. O ministro falou na possibilidade de uso de recursos do fundo do pré-sal e citou vagamente as sobras que poderão surgir com a “correção de distorções” na CDE. Vale ressalvar o básico: que qualquer política pública demanda criterioso planejamento de gastos, imediatos e futuros, e identificação da fonte de receitas para o programa, também com projeções temporais.

A ideia, portanto, já nasce cambeta, mas o pior é constatar a inversão de prioridades do Ministério de Minas e Energia. Estivesse de fato empenhado em corrigir as distorções que fazem da conta de luz do País uma das mais caras do mundo, em contraste com a produção de energia relativamente barata, o ministro Silveira dedicaria mais tempo e esforço à reformulação da CDE, o fundo setorial instituído em 2002, um ano após os apagões da crise histórica de energia.

Em 2003, seu primeiro ano de vigência, a CDE teve orçamento de R$ 1 bilhão, bancado por encargos nas contas de luz. Com o passar dos anos, foi agregando outros custos que já faziam parte da estrutura tarifária, incorporando penduricalhos os mais diversos ao sabor dos “jabutis” criados no Congresso Nacional, até chegar aos R$ 40,6 bilhões deste ano. Tornou-se um cofre escancarado para uma farra de incentivos que se transformaram em privilégios e alimentam lobbies poderosos.

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Déficit na Previdência desafia estados e municípios

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Por Folha de S. Paulo

A decisão do Congresso Nacional de desvincular estados e municípios da reforma da Previdência aprovada em âmbito federal abriu caminho para uma diversidade de regras que, mais de cinco anos depois, ajuda a impulsionar o déficit nos governos regionais.

Seis estados e 1.356 municípios —o equivalente a dois terços daqueles com regimes próprios— ainda não aprovaram nenhum aperto nos critérios de aposentadoria e pensão, segundo estudo dos pesquisadores Rogério Nagamine e Bernardo Schettini, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O quadro amplia o risco de futuro desequilíbrio nas contas.

A situação motivou uma nova investida de entidades municipalistas pela aprovação de uma PEC (proposta de emenda à Constituição) federal para amarrar as prefeituras às regras mais duras em vigor desde 2019. “Nós vamos lutar para reincluir, porque isso é moralizante”, diz o presidente da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), Paulo Ziulkoski.

A União é responsável pela maior parcela dos gastos no Brasil com Previdência e assistência social. Mesmo assim, a despesa de estados e municípios é relevante e tem crescido acima da inflação.

Em 2024, os governos estaduais bancaram R$ 74,7 bilhões em benefícios por trimestre, em média. A cifra representa uma alta real de 6% em relação ao observado em 2019, antes da pandemia.

Nos municípios, o gasto médio trimestral alcançou R$ 25 bilhões no ano passado, valor que, embora menor em termos absolutos, significou uma expansão mais veloz, de 19,3% no período. A variação superou até mesmo a alta real de 13,2% observada na União na mesma comparação.

Os cálculos foram feitos pelo economista Bráulio Borges, economista-sênior da LCA 4intelligence, pesquisador associado do FGV Ibre e colunista da Folha, a partir de dados do Tesouro Nacional.

O envelhecimento da população é um desafio em comum para todos os regimes previdenciários. A situação é mais preocupante para aqueles que não fizeram nenhum tipo de reforma, mas o déficit subiu mesmo entre os dez estados que implementaram normas idênticas às do governo federal, como São Paulo e Paraná.

Além disso, 11 deles implementaram regras mais brandas do que as vigentes para a União. O rombo agregado da Previdência dos estados alcançou R$ 145,6 bilhões em 2023.

“Ter permitido que estados e municípios tivessem regra diferente da União foi um retrocesso”, critica Nagamine, que era subsecretário do RGPS (Regime Geral da Previdência Social) quando a PEC foi enviada, no começo de 2019.

Antes da reforma, todos os entes seguiam as normas federais, o que foi mantido na proposta original, mas derrubado pelo Legislativo. Na época, os parlamentares argumentavam que não cabia ao Congresso assumir um ônus político que deveria recair sobre governadores e prefeitos.

“O resultado foi esse, uma confusão de regras heterogêneas e, em geral, mais brandas”, diz Nagamine.

Dos seis estados que não fizeram nenhuma mudança, Amapá, Amazonas, Distrito Federal e Pernambuco não se manifestaram. Maranhão e Roraima chegaram a responder perguntas sobre outros temas, mas não sobre Previdência.

O problema é ainda mais grave nos municípios. “Os pequenos e médios têm muita dificuldade, porque o servidor vai direto na casa do vereador. É diferente do deputado federal, ou mesmo do estadual. A pressão é grande”, afirma Leonardo Rolim, que já foi secretário de Previdência, presidente do INSS e é especialista no tema.

“Sem falar que, no caso dos municípios, o quórum é maior. São dois terços [dos votos] para mudar a lei orgânica. Para mudar a Constituição estadual ou federal, são [necessários] três quintos”, acrescenta.

Para tentar amenizar o problema, os municípios tentam se vincular às regras da União por meio da PEC 66, que renegocia dívidas previdenciárias e judiciais das prefeituras.

A versão aprovada pelo Senado Federal previa a aplicação das regras mais duras tanto para municípios quanto para estados. Na Câmara dos Deputados, o trecho foi suprimido ainda na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que viu inconstitucionalidade na mudança. A derrubada teve apoio do PT, do PL e do centrão e, segundo relatos, atendeu a pressões políticas de categorias como juízes, promotores e policiais civis.

“Como que é inconstitucional voltar à regra que sempre esteve na Constituição?”, questiona Rolim.

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Guerra comercial: Ingresso da China na OMS em 2021 deixou maioria dos países agarrados em ‘botes furados’

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Por Jefferson Vieira*

Os críticos do “Dia da Libertação” de Trump anunciam um desastre iminente, mas o que parece prestes a ruir são as suas ilusões, não a realidade. A arena do comércio exterior está longe de ser uma utopia de livre mercado em equilíbrio: trata-se, na verdade, de um oligopólio comandado por EUA, China e União Europeia – dominando a maior fatia do comércio de bens e serviços, com o dólar conferindo aos Estados Unidos uma vantagem inquestionável em qualquer disputa comercial.

Esses alarmistas do senso comum se desesperam, lamentando a destruição de um mundo de fantasia em que cada nação supostamente negocia em pé de igualdade, todas observando as mesmas regras, como se vivêssemos numa aldeia global.

Na vida real, estamos presos a uma distopia em que o declínio da produtividade global é encoberto por uma nuvem tóxica de trabalho quase escravo em países subdesenvolvidos absorvendo o excesso de liquidez do mundo desenvolvido, tudo sustentado por um endividamento explosivo a ser pago pelas futuras gerações.

O ingresso da China na Organização Mundial do Comércio, lá em 2001, durante a Rodada de Doha, prometia uma maré de prosperidade que elevaria todos os barcos; em vez disso, nos deu alguns poucos iates de luxo, deixando a maioria agarrada a botes furados.

Um quarto de século depois, as tarifas de Trump não são uma rejeição do livre comércio, mas o reconhecimento de que nosso sistema atual está longe de ser livre. Ele joga por terra a fantasia de competição perfeita e abraça a realidade bruta do poder monopolista.

Do eleitor mais reacionário de Donald Trump ao mais radical apoiador de Bernie Sanders, uma grande parcela dos americanos há muito sente que algo estava profundamente errado na política de déficits comerciais adotada por seus diversos governos – ainda que os especialistas insistissem que tudo ia muito bem, obrigado.

No fundo, como pontua o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o sonho americano jamais se baseou em entulhar a casa com quinquilharias baratas, e sim em garantir um modo de vida digno, com mobilidade social e estabilidade.

Para o trabalhador que viu a fábrica fechar, o emprego sumir e as dívidas se acumularem, bugigangas em promoção não servem de consolo para as oportunidades perdidas. Não espanta, portanto, o desprezo popular diante dos especialistas que carimbam as ideias de Trump como “perigosas”. Talvez o real perigo seja para a reputação desses mesmos especialistas, caso o plano de Trump dê certo — mas esse é um risco que muitos estão dispostos a correr.

O governo americano admite que as tarifas podem resultar num “ajuste pontual de preços” — um eufemismo para inflação de curto prazo — mas alega que esse custo é um investimento no futuro do país. Há aí um realismo nu e cru, quase uma mentalidade de classe trabalhadora: a aposta é que as pessoas toparão pagar um pouco mais caro por certos produtos se isso significar o retorno de bons empregos e o fortalecimento das comunidades.

As comparações entre o plano de Trump e a famigerada Lei Tarifária Smoot-Hawley de 1930 (apontada como uma das culpadas pela Grande Depressão) só reforçam o quanto seus críticos parecem desconectados da realidade: os EUA não são mais um coadjuvante no comércio internacional, como eram na época, mas sim o maior consumidor de um mercado global cada vez mais favorável aos compradores – uma posição que lhe permite ditar os termos de troca com maior facilidade.

Os alertas de recessão iminente partem da ideia de que a indústria americana irá simplesmente engolir os custos mais altos sem reagir, enquanto os demais países se ajustariam facilmente entre si, fugindo das tarifas ianques. Mas, se os EUA acumulam déficits com várias nações, é porque essas economias dependem do mercado americano para crescer. Se elas mandarem os EUA passear, perdem seu maior freguês. Os EUA não são uma pequena ilha prestes a se isolar do restante do mundo.

Na prática, já vemos sinais do que Trump previa: dezenas de países correm para negociar, rever tarifas e garantir acesso ao mercado americano. Fábricas que planejavam ir embora estão revendo a decisão, e todos os dias temos anúncios de novos investimentos estrangeiros em solo americano. O objetivo é exatamente esse: usar o poder de monopólio para mudar comportamentos.

Em uma coisa os críticos acertam: tarifas são impostos que acabam repassados ao preço final. No entanto, os preços também servem como incentivos, atraindo investimentos para os EUA, onde as condições se tornaram comparativamente mais favoráveis.

Quem imagina que haverá retaliação ou fuga em massa dos parceiros comerciais precisa se perguntar: vão correr para a China? Pode apostar que Pequim continuará a impor suas próprias tarifas pesadas e manipulações cambiais, jogando mais duro do que o próprio Trump.

Além disso, com tarifas mais altas nos EUA, a China será forçada a exportar para outros mercados, inundando-os com produtos baratos que podem aniquilar indústrias e empregos locais rapidamente. Isso, por sua vez, aumentaria o interesse de outros países em negociar um acordo com os EUA.

Não esqueçamos que os EUA têm uma carta na manga: a dominância do dólar como moeda de reserva mundial no sistema financeiro global. Se o caldo realmente entornar, os EUA podem recorrer a ferramentas que vão de sanções a intervenções cambiais – instrumentos contra os quais outros países simplesmente não conseguem retaliar. Torcemos para não chegar a esse extremo, mas só a possibilidade desse cenário já reforça consideravelmente a posição americana.

As tarifas de Trump não marcam o início de uma guerra comercial, mas o fim de uma guerra silenciosa que há décadas prejudica os trabalhadores americanos. Embora traga riscos, a alternativa — um contínuo declínio econômico — é uma certeza alta demais para se tolerar.

*Jefferson Vieira é economista com uma década de experiência no mercado financeiro e em organizações multilaterais, baseado na Europa

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Equipe do Hospital Santa Maria de Araripina passa por susto em voo com destino a Juazeiro-CE e é obrigado a pousar em Petrolina

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O Hospital e Maternidade Santa Maria informa que a Vice-Diretora Irmã Fátima Alencar, o Diretor da UPA 24 horas Couto Lacerda, a Coordenadora de Contratos Lorena Lima e o Contador Lucas Mateus estavam a bordo de um voo com destino a Juazeiro do Norte, proveniente de São Paulo.

Durante o trajeto, foram realizadas duas tentativas de pouso no Aeroporto de Juazeiro do Norte, ambas sem êxito. Diante das condições adversas, a aeronave precisou ser desviada para a cidade de Petrolina, em Pernambuco, realizando duas aproximações antes de pousar em segurança, graças à condução firme e segura da Comandante Aline, no Aeroporto Senador Nilo Coelho.

A Vice-Diretora Irmã Fátima agradece imensamente pelas inúmeras ligações, mensagens e orações recebidas. Reafirmamos que todos os ocupantes estão bem e em segurança.

Atenciosamente,
Direção do Hospital e Maternidade Santa Maria

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