Lula, Palocci, Marisa e mais quatro pessoas são indiciadas na Lava Jato
Lula foi indiciado pelo crime de corrupção passiva, enquanto as outras pessoas foram indiciadas pelo crime de lavagem de dinheiro.
JC Online / Foto: reprodução
A Polícia Federal indiciou, nesta segunda-feira (15), o ex-presidente Luiz inácio Lula da Silva, o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci e a ex-primeira-dama Marisa Letícia, além de outras quatro pessoas, na Operação Lava-Jato. Lula foi indiciado pelo crime de corrupção passiva, enquanto as outras pessoas foram indiciadas pelo crime de lavagem de dinheiro. As informações são do site G1.
De acordo com a PF, o indiciamento foi feito com base em dois casos distintos: o caso da compra de um terreno que seria utilizado para a construção da sede do Instituto Lula e o aluguel de um apartamento localizado em frente ao que ex-presdidente Lula mora, em São Bernardo do Campo. Ambos os casos são tratados como pagamento de propina ao ex-presidente, por parte da construtora Odebrecht.
Ainda de acordo com o G1, os dois casos estavam sendo correndo em inquéritos diferentes, mas o delegado Márcio Adriano Anselmo, que promoveu o indiciamento, considerou que os dois fatos são correlatos e que, portanto, as investigações deveriam ser unidas.
De acordo com as investigações, Palocci teria o papel de distribuir a propina da Odebrecht ao Partido dos Trabalhadores. Sua influência, segundo a PF, era utilizada para atuar em favor dos interesses da construtora junto ao governo federal. Um dos beneficiários dessa propina, segundo a PF, foi o ex-presdidente Lula.
Defesa
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa do Instituto Lula informou que o ex-presidente aluga o apartamento vizinho ao seu. O instituto também afirmou que nunca foi proprietário do suposto terreno em que a nova sede seria construída. Já a defesa do presidente afirmou que a transação envolvendo o suposto terreno do Instituto Lula é um “delírio acusatório”.
A defesa de Palocci e Kontic disse que nada se conseguiu que pudesse incriminar os dois no primeiro processo que eles respondem e que essa acusação “não pode ser levada a sério”. Os advogados do ex-ministro e de seu assessor também reclamaram da ação policial. “Até quando teremos de aguentar essas manobras da acusação, que não encontram na língua portuguesa um adjetivo qualificativo que lhes faça justiça?”, afirmaram.