A Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) divulgou os resultados do PISA 2018, o exame de avaliação de alunos de 15 anos coordenado pela entidade e realizado a cada 3 anos.
O Brasil, para variar, ficou abaixo da média das 79 nações cujos estudantes foram avaliados. No ranking geral, o Brasil ficou em 57° lugar em leitura, em 70° em matemática e em 66° em ciências. A China passou a ocupar o primeiro lugar nas três competências.
Quando se toma apenas o universo dos países da OCDE, que reúne os países mais desenvolvidos, o resultado mostra ainda mais acentuadamente a precariedade da educação brasileira.
Em leitura, a média dos países da OCDE em 2018 foi de 487 pontos. A do Brasil foi de 413 pontos, contra 407 em 2015.
Em matemática, a média dos países da OCDE atingiu 489 pontos. A do Brasil foi de 384 pontos, contra 377 há três anos.
Em ciências, a média dos países da OCDE alcançou 489 pontos. A do Brasil foi de 404 pontos, contra 401 no exame anterior.
50% dos alunos brasileiros ficaram entre os piores em leitura (essa proporção foi de 23% nos países da OCDE) e 68% entre os piores em matemática (24% na OCDE). Os que atingiram o alto do ranking em ao menos uma competência foram apenas 2%, contra 16% na OCDE.
Apenas 2% dos estudantes brasileiros conseguem diferenciar fato de opinião, contra 10% do conjunto de estudantes dos outros países. Trata-se de um fato, não de opinião.
O desempenho do Brasil no Pisa é desastre repetidamente medido desde 2000.