Por Revista Veja
Mortes por dengue, queimadas, alta do dólar, desaprovação e finanças das estatais lideram o rol de maus resultados da administração petista
Por mais que a propaganda oficial se esforce, 2024 não foi um ano bem-sucedido para o governo Lula. O desemprego diminuiu, há alguns bons resultados econômicos e pautas relevantes, como a reforma tributária, foram aprovadas pelo Congresso.
Por outro lado, há uma lista de recordes negativos em áreas como saúde, meio ambiente e gestão, o que refletiu nos índices de popularidade do presidente:
Dengue – Segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados mais de 6,2 milhões de casos de dengue. 5.950 pessoas morreram — um aumento de 400% em relação ao ano passado, quando o país registrou 1.179 óbitos.
Queimadas – A área queimada no Brasil de janeiro a novembro foi de 29,7 milhões de hectares, o que representou um aumento de 93% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Monitor do Fogo, do MapBiomas. A destruição equivale ao território do Rio Grande do Sul. Mais da metade da área devastada pelo fogo fica na Amazônia.
Estatais – As contas das estatais federais devem fechar o ano com o maior rombo em 15 anos. De janeiro a agosto, o déficit chegou a 3,3 bilhões de reais. A lista inclui, entre várias empresas, os Correios, que chegou a dar lucro no passado.
Previdência – A fila de espera do Instituto Nacional do Seguro Social já alcança 1,7 milhão de pedidos em espera. O tempo médio para a concessão do benefício aumentou para 41 dias. O governo prometia zerar a fila.
Dólar – O dólar bateu uma sequência de recordes este ano, ultrapassando 6,30 reais na penúltima semana do ano. A alta da moeda americana impacta o preço de produtos importados. Afeta ainda os preços de commodities como soja e milho, que ficam mais competitivos no mercado externo, o que reduz a oferta interna, gerando inflação.
Desaprovação – O governo Lula é desaprovado por 48% dos brasileiros, segundo dados da pesquisa PoderData realizada entre os dias 14 e 16. Além de ser o maior percentual de desaprovação registrado desde o início do mandato, a taxa também ficou numericamente acima do percentual de aprovação, de 45%.