Fundos investiram pesado em empresas que davam propina ao PT
Agência Estado / Foto: Reprodução
No relatório em que detalham a possível “gestão temerária e fraudulenta” em investimentos realizados pelos quatro maiores fundos de pensão de estatais federais, os investigadores da operação Greenfield, da Polícia Federal, citam a “suspeita de que pressões políticas e lobbies realizados por grupos econômicos próximos ao governo federal tenham pressionado a diretoria e os conselhos deliberativos dos fundos” para liberar os aportes em cinco casos investigados pela Greenfield. São eles: Fundo de Investimentos em Participações (FIP) Multiner, FIP Enseada, FIP RG Estaleiros, FIP Global Equity e Invepar.
Como corre por uma vara criminal da 1.ª instância da Justiça Federal, a Greenfield não tem como foco políticos ou agentes públicos com foro privilegiado. Entretanto, os apontamentos dos investigadores no relatório – em que pediram para que 40 alvos da apuração fossem afastados de suas empresas e fundos – indicam que, assim como no caso da Lava Jato, em algum momento, deve haver desdobramento em inquéritos nas cortes superiores.
No caso do FIP OAS Empreendimentos, os investigadores afirmam ser “necessário investigar mais a fundo as razões que levaram a Funcef a investir na OAS Empreendimentos, considerando a influência que o Grupo OAS exerce sobre o Poder Público Federal”.