O Partido dos Trabalhadores (PT) era o beneficiário de um sistema nos governos Lula e Dilma para tomar dinheiro do próprio trabalhador.
Do JC On Line / Foto: Divulgação
De todas as investidas da Operação Lava Jato, a que mais choca o cidadão é o desdobramento das investigações concentradas em Curitiba. A operação Custo Brasil é abjeta porque mostra que o Partido dos Trabalhadores (PT) era o beneficiário de um sistema concebido por membros do partido nos governos Lula e Dilma para tomar dinheiro do próprio trabalhador. E mais: ainda fazia isso escondido por um biombo digital prejudicando o trabalhador do setor público exatamente onde estão assentadas as bases de apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Esse talvez seja o mais devastador aspecto da investigação contra o PT, que começou com a delação de Paulo Roberto Costa ou até mesmo quando do escândalo do mensalão no primeiro governo de Lula.
Esqueça essa bobagem dos senadores do PT se queixarem ao Supremo Tribunal Federal (STF) de que os federais foram na casa da senadora Gleisi Hoffmann. Foram na casa de Paulo Bernardo, que é seu marido. Não foram pegar documentos dela, mas sim os dele. Então essa do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) falar de ameaça à inviolabilidade da parlamentar é ruim para ele e para o Senado. O Senado tem é que apoiar a investigação. Cássio devia ficar calado.
Paulo Bernardo foi preso porque é considerado o mentor desse sistema. Ele, junto com os donos da Consist, estão sendo denunciados por isso, por montar um esquema que carregava dinheiro para o PT. Dinheiro de trabalhador do setor público e do servidor aposentado que não sabiam desses desvios quando empinava um papagaio no banco. Então é muito sério. Criar um esquema para tirar dinheiro de associado da CUT é demais.