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Odebrecht pagou propinas em pelo menos seis obras da Petrobras, aponta PF

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Com acertos entre as empreiteiras para manipular as licitações, valores atingiram R$ 11,4 bilhões .

O Globo

SÃO PAULO — O relatório do delegado Eduardo Mauat da Silva, que indiciou oito executivos da Odebrecht, analisa seis obras da empreiteira que teriam fraudes em licitações, ocorridas sobretudo nas Refinarias Abreu e Lima (Rnest) e no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Elas custaram à Petrobras R$ 11,4 bilhões e, em todas, segundo a PF, houve pagamento de propinas.

Nas obras das Unidades de Destilação Atmosférica (UDA), da Rnest, o valor estimado pela Petrobras para a obra era de R$ 1,2 bilhão, mas o contrato foi assinado por R$ 1,4 bilhão em abril de 2009. Até setembro de 2014, no entanto, foram realizados 25 aditivos, com um acréscimo de R$ 286 milhões do valor contratado, com um sobrepreço de R$ 19,3%.

Segundo o ex-gerente da diretoria de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, que fez acordo de delação premiada, houve pagamento de propina nessa obra. O pagamento da propina foi atribuído a Rogério Araújo, diretor da Odebrecht, e que foi indiciado nesta segunda-feira. Parte dos pagamentos foram recebidos por Barusco em sua conta da Pexo Corporation, a partir de depósitos feitos pela Constructora Internacional Del Sur, do Panamá. O doleiro Alberto Youssef afirma também que a empresa RFY Import e Export, de Hong Kong, recebeu R$ 7,5 milhões devidos pela empreiteira Odebrecht com relação a propinas nas obras da Rnest e Comperj, com a coordenação de Cesar Rocha, diretor financeiro da Odebrecht Industrial, a quem Youssef chamava de “Naruto”. 

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