Francisco Freire (Serra Branca) e duas servidoras, Luzimaura Félix e Juraneide Galindo, foram denunciados no MP pela prática de crimes de Associação Criminosa e falsidade ideológica
Por Cidinha Medrado
O Ministério Público de Pernambuco recebeu uma denuncia anônima contra o presidente da Câmara de Vereadores de Trindade, Francisco Freire (Serra Branca) e duas funcionarias, Luzimaura Félix e Juraneide Galindo, pela prática de crimes de Associação Criminosa (art. 288 do CP), falsidade ideológica (artigo. 299 do CP) e Peculato (art. 312 do CP), uma matéria divulgada nas redes sociais, diz que o Ministério teria pedido o afastamento dos mesmos dos cargos da Câmara Municipal de Trindade por terem falsificado indelicadamente os formulários de pedido de concessão de diárias, inserindo declarações falsas nos pedidos com o fim de se apropriarem de recursos públicos, onde consta a assinatura do Presidente da Câmara, a denúncia diz que os requerimentos para as diárias feitas em 19 de janeiro de 2021, afirmam que as duas funcionárias viajaram para a cidade de Araripina no dia 25 de janeiro ida de 09.58 h e retorno às 17.42 h.
“Tudo foi um equívoco de informação”, disse Francisco Freire, alegando que a sua gestão tem sido esforçada e zelosa com os recursos públicos, que tem lutado para aperfeiçoar os trabalhos e que vem fazendo mudanças na parte física e profissional da casa, como redução de quadro de funcionários e quantidade de diárias, e que as únicas receitas do tipo, foram essas. Concedidas com o valor somado de R$ 400,00 (quatrocentos reais) para as duas servidoras que, mensalmente vão a Araripina resolver pendências da Câmara junto a Caixa Econômica, como abrir contas e resolver questões não finalizadas pela gestão anterior com consignados. Numa entrevista ao Jornalista Roberto Gonçalves da Arari FM, o vereador presidente disse que as funcionárias conseguiram fazer com este dinheiro, quatro viagens.
“Não havia necessidade de manipulação porque as diárias foram destinadas a elas, o que pode ter ocorrido, se é que houve, pode ter sido relacionado ao preenchimento. Mas eu soube também que houve uma adulteração na denúncia, o MP em nenhum momento pediu meu afastamento, mas colaram uma nota na denuncia, dizendo que o Ministério havia solicitado o meu afastamento, isso é uma inverdade, uma fraude que foi praticada em cima de um documento público e acredito que para dar ênfase à matéria, uma divulgação negativa da minha imagem e das duas funcionárias, e entendo que o Ministério deve apurar essa colagem’, contou.
Na nota, o presidente da câmara de Trindade também critica o fato de ser uma denúncia anônima.
“Impressionante como foi rápida a atitude tomada por denunciantes que nem coragem tiveram de expor seus nomes, permanecendo, repito, no anonimato. Em relação as datas citadas na denúncia, o empenho (solicitação do gasto da diária) foi do dia 19/01/2021 – antecedendo o gasto, como determina a lei – e o gasto efetivo ocorreu em 25/01/2021. A viagem existiu, tinha justificativa e não houve nenhum tipo de crime” disse em escrito.
Serra Branca lamentou o ocorrido, ele disse que essa é uma forma oposicionista de manchar seu nome perante os munícipes e que nunca esteve envolvido com nenhum tido de irregularidade, que o MP recebeu a denúncia para investigar e assim que começar a câmara terá todos os meios de provar judicialmente que não houve fraude nesse episódio.
“Em 32 anos de vida pública, nunca tive meu nome atrelado a nenhuma conduta irregular. Prestamos esclarecimentos ao Ministério Publico, com envio de notas, declarações e continuarei de maneira transparente e firme na condução da presidência desta casa, apoiando o poder executivo nas mudanças que nossa cidade precisa para se superar”, relatou. Ouça a entrevista completa: