Por Magno Martins
Aos poucos, Pernambuco vem recuperando o espaço privilegiado que sempre deteve no plano nacional. Em Governos passados, o Estado chegou a ocupar cinco gabinetes na Esplanada dos Ministérios, o da Caixa Econômica Federal e a Vice-Presidência da República. No Congresso, teve três presidentes da Câmara – Marco Maciel, Inocêncio Oliveira e Severino Cavalcanti. Lideranças de bancadas, perdeu a conta.
No Governo Bolsonaro, a única alma viva batia ponto na presidência da Embratur, hoje promovido a ministro do Turismo, o empresário e sanfoneiro Gilson Machado Neto. Mesmo com carreira política na Bahia, o deputado João Roma Neto (Republicanos), novo ministro da Cidadania, é pernambucano, ganhou gosto e oportunidades na vida pública no Estado. Projetado na carreira militar em Brasília, o novo presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, também é pernambucano de Barreiros, na Zona da Mata, ainda com fortes ligações afetivas com Recife.
Num plano mais secundário, a Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, do Ministério do Desenvolvimento Regional, é tocada pelo também pernambucano Tiago Pontes Queiroz. Esta pasta é resultado da fusão das antigas Secretaria Nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano e a Secretaria Nacional de Mobilidade e Serviços Urbanos. Cuida da promoção do desenvolvimento regional e urbano, atuando no fortalecimento de sistemas produtivos inovativos locais e regionais, além da produção irrigada.
Também se destacam os pernambucanos Leonardo Gomes Vieira e Carlos Brito, o primeiro coordenador-geral de Finanças da Polícia Federal e o segundo sucessor de Gilson Neto na Embratur. No Congresso, André de Paula (PSD) é o segundo-vice-presidente da Câmara; Luciano Bivar (PSL), primeiro-secretário (o prefeito da Casa), e Marília Arraes (PT), segunda-secretária. Em cargos de lideranças, Danilo Cabral, do PSB; André Ferreira, PSC e vice-líder do Governo; Renildo Calheiros, do PCdoB, e Sebastião Oliveira, do Avante.
Já no Senado, o destaque fica para Fernando Bezerra Coelho (MDB), líder do Governo na Casa Alta. Ter espaço na corte não é apenas e sobretudo questão de status, mas sinônimo de poder. São cargos e funções importantes que, bem utilizados, podem ajudar muito o Estado a voltar a rugir como Leão do Norte, reassumindo a hegemonia econômica e política que sempre teve no cenário nacional.