Os ministros palacianos disseram que foram surpreendidos com o que chamam de manobra de Jucá, ou seja, o pedido de licença.
Segundo esses mesmos ministros, nos próximos dias, com ou sem manifestação do Ministério Público solicitada por Jucá, o assunto estará resolvido.
É preciso lembrar — disse um desses ministros — que, afastando-se do ministério, Jucá volta a ser, não só senador, como presidente do PMDB. Essas são duas funções importantes para a fase decisiva do processo de impeachment, que é o afastamento definitivo da presidente Dilma Roussef.
Por isso, a questão está sendo tratada com muito cuidado, mas com a certeza de que Jucá saiu, mas não volta.
Tanto que o Diário Oficial de amanhã já deverá trazer a demissão, a pedido de Jucá. O seu caso não permite licença: ele terá que ser necessariamente demitido para poder voltar ao Senado.
Sua situação, portanto, é dferente da de Henrique Hargreaves, que se licenciou do cargo de ministro de Itamar e voltou depois de apuradas as denúncias contra ele. Hargreaves pode pedir licença porque não era parlamentar.