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Nova insulina ultrarrápida facilita rotina de quem convive com o diabetes

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Foto: reprodução

Por Camila Corsini / Rádio Jovem Pan

Grande aliada no controle do diabetes, a insulina é uma substância que tem grande importância no controle da taxa de glicose no sangue. Ela, em forma de remédio, é utilizada em boa parte desse tratamento — a não ser que não seja recomendada pelo médico, o que acontece em alguns casos. O que muitos não sabem é que o medicamento impacta a rotina de muitas formas. Um novo tipo de insulina ultrarrápida, chamada Fiasp, da Novo Nordisk, está mudando a vida de diversas pessoas dependentes do tratamento.

Uma dos maiores impactos é no planejamento das refeições, de acordo com a dentista Lilian Pastore, que é mãe da Luiza Pastore, de 12 anos, diagnosticada com diabetes tipo 1 aos 8 anos. Com as insulinas comuns é preciso que a aplicação aconteça com pelo menos 15 minutos de antecedência, com base na quantidade de carboidratos que pretende ingerir e na concentração de açúcar no sangue.

Segundo o gerente médico da Novo Nordisk, o pediatra André Bressan, esperar esse tempo é bastante difícil e algumas pessoas não conseguem fazer essa previsão com disciplina. “Isso resulta no pior controle da quantidade de glicose, que pode aumentar mais rápido do que o efeito da insulina. Essa hiperglicemia pode trazer muitas complicações de saúde a médio e longo prazo, como problemas cardiovasculares, renais e oculares.” Com a Fiasp, esse tempo é reduzido para zero — podendo ser aplicado, se necessário, apesar de não ser recomendado, até 20 minutos depois da refeição.

Lilian conta que, antes, pela manhã, era preciso aplicar a insulina com a Luiza ainda dormindo, antes do café, e isso rendeu algumas situações de risco. “Já aplicamos duas vezes seguidas e quase tivemos problemas graves, porque o excesso pode fazê-la desmaiar ou até mesmo entrar em coma. Quando eu e meu marido notamos, somamos o que aplicamos e trocamos toda a refeição por uma com muito mais carboidrato. A hipoglicemia é um dos maiores medos de nós, pais.”

Agora, Luiza usa a insulina na hora que vai comer e os pais controlam os índices conversando com ela por WhatsApp. Isso otimizou até mesmo a hora do recreio na escola, que dura apenas 20 minutos. “A nova insulina trouxe ganhos até para a questão social dela. Ela tem 12 anos e existe essa questão de pertencimento aos grupos e essa mudança fez com que ela se sentisse menos diferente.”

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