No Sertão do Araripe, o ex- deputado Sérgio Guerra sempre foi bem votado.
Do JC Online/Foto: Michele Souza
Novo delator na Operação Lava Jato, Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, confirmou o pagamento de propina de R$ 10 milhões, em 2009, ao político pernambucano Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB, falecido em 2014. O dinheiro faria parte de uma “operação abafa” na CPI da Petrobras daquele ano, às portas da corrida eleitoral de 2010 que elegeu a atual presidente Dilma Rousseff (PT).
Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, já havia mencionado a propina de R$ 10 milhões a Sérgio Guerra com a mesma finalidade, barrar a CPI.
Segundo Ceará, o doleiro Alberto Yousseff se dizia preocupado com o rumo da CPI e precisava pagar R$ 10 milhões ao então líder do PSDB no Congresso, Sérgio Guerra. É uma situação que depõe contra o PSDB, mas também contra o próprio PT, já que a propina teria sido paga justamente para aliviar uma investigação que contrariava diretamente os interesse da base do Planalto. Parte do dinheiro, inclusive, seria do caixa do PP.