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No JN, Fernando Haddad minimiza erros do PT e atribui a crise a ‘sabotagens’ de outros partidos

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Candidato alegou que sua sigla foi a que mais “fortaleceu as instituições”
  • Por Jovem Pan

O candidato Fernando Haddad (PT) participou nesta sexta-feira (14) do último dia da série de sabatinas promovida pelo Jornal Nacional com os presidenciáveis da eleição de 2018. Ele passou boa parte dos 27 minutos minimizando erros de seu partido no combate à corrupção e atribuindo a atual crise a fatores externos ao governo de Dilma Rousseff.

Questionado sobre a participação de políticos do PT nos esquemas conhecidos como Mensalão e Petrolão, alegou que seu partido foi o que mais atuou na luta contra a corrupção no Brasil ao fortalecer as instituições.

“Existem dois governos possíveis. Um que fortalece as instituições e outros que as enfraquecem. Na minha opinião, os governos do PT foram os que mais fortaleceram as instituições. Sobre a Petrobras, o depoimento de vários delatores data de tempo remotos, remonta à ditadura militar. Todos disseram isso. E se você não fortalece os mecanismos de combate, não descobre nada. O papel do governo é, sem tomar partido e proteger amigos, fortalecer. A própria Polícia Federal e o Ministério Público reconhecem que os governos petistas foram os que mais os apoiaram”, disse.

William Bonner e Renata Vasconcellos, então, apresentaram nomes de alguns de seus companheiros de sigla que foram denunciados e lembraram que promotores, ao comentar esses casos, afirmaram que os esquemas não eram atos isolados. Um dos nomes citados foi o da ex-presidente Dilma. Nesse momento, Haddad começou a defendê-la.

“Você citou pessoas já excluídas de processos penais. A Dilma não é ré em nenhuma ação. Investigada? Investigada até a Rede Globo é. Como eu já disse, estamos em um momento em que muitos são investigados e muitos são absolvidos. Tem que individualizar e cada um pagar por seus atos. Não condenar todos por indícios. A Globo condena por antecipação muitas vezes. Vocês não tratariam um problema da Globo como tratam um problema do PT (…). E quem está na vida pública hoje e não é investigado? Delação virou indústria. Para diminuir pena, falam que querem apresentar provas e fazem uma delação. Não é assim em nenhum lugar do mundo”, criticou. “Outra coisa é dizer que a recessão começou com a Dilma. As pautas-bombas e a sabotagem já reconhecida pelo PSDB tiveram mais influência na crise que erros cometidos”.

Bonner interveio para afirmar que o combate à corrupção tem melhorado nos últimos anos com operações como a Lava Jato. “Melhorou graças à legislação aprovada pelo PT. A mesma que colocou na cadeia tucanos, emedebistas, pepistas”, rebateu o entrevistado.

“Pergunte o que o eleitor de São Paulo acha de Doria”

A prefeitura de São Paulo ocupada entre 2013 e 2016 também foi assunto. Os apresentadores lembraram que Haddad chegou a perder a disputa pela reeleição no primeiro turno para João Doria e o questionaram sobre essa reprovação. Segundo o candidato, ocorreu por conta do clima de “anti-petismo” que tomava conta do país naquele momento.

“2016 foi um ano atípico. O clima do Brasil de anti-petismo causado por informações de outros partidos foi enorme. O país tirou uma presidenta legitimamente eleita e colocou o Michel Temer que apresentou uma programa diferente e o João Doria se elegeu em São Paulo. Pergunte hoje aos eleitores o que eles acham do meu sucessor. Aconteceu uma indução ao erro. O PT virou um demônio do país”, concluiu.

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