‘Presidentea’visita obras de integração do rio São Francisco, em Cabrobó.
Agência O globo
BRASÍLIA – A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que vai ficar de “coração partido” se não estiver no cargo a tempo de ver resultados da transposição do rio São Francisco. Dilma também afirmou que não vai “para debaixo do tapete”, mas resistirá ao processo de impeachment, e que um eventual governo Temer – sem citar seu nome – quer superar a crise econômica somente cortando programas sociais. Nesta sexta-feira, o impeachment de Dilma passou favoravelmente pela comissão especial do Senado e irá ao plenário da Casa, onde poderá ser definido o afastamento da presidente. Ela visitou obras do eixo norte do projeto de integração do rio São Francisco, em Cabrobó (PE).
Dilma voltou a exaltar os 13 anos em que o PT está na Presidência, mencionando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por várias vezes no discurso, e a atacar abertamente os mandatos de Fernando Henrique Cardoso. A presidente enfatizou que orgulha-se das escolhas que fez e destacou que ela e Lula possibilitaram que pessoas pudessem viajar de avião pela primeira vez. Ela opôs o projeto petista ao eventual governo Temer, sem mencionar o vice.
Dilma negou que vá renunciar ou ficar resignada, e disse que não vai “para debaixo do tapete”. De acordo com a presidente, ela é a “prova da injustiça”.
— Se eu renunciar eu vou pra debaixo do tapete, eu vou ficar aqui brigando. Porque eu sou a prova da injustiça. Eles estão condenando nesse impeachment uma pessoa inocente. E não há nada mais grave do que condenar uma pessoa inocente.