O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “não quer cometer injustiças” sobre a previsão do reajuste salarial para servidores públicos no Orçamento de 2022 não abraçar todas as categorias. As declarações foram feitas nesta quinta-feira (23/12) em sua tradicional live da semana.
“Olha, o governo federal também não especificou nenhuma [categoria]. Já digo: não tem nada definido. […] Não quer dizer que vamos atender essa ou aquela categoria. Estão reservados R$ 2 bilhões, vamos ver o que vai ser feito lá na frente. Dá para fazer? Dá para fazer. Sabemos das dificuldades, a inflação está alta. Mas a gente vê o que pode fazer, dentro da responsabilidade. Todos merecem? Todos merecem”, afirmou o presidente.
Bolsonaro ainda afagou os policiais, ressaltando feitos da categoria. “Mas está aqui, Polícia Rodoviária Federal, que tem batido recorde de apreensão de drogas. Também tem a polícia penal que, nossa, tem um trabalho enorme e tem seu salário que está lá embaixo”, disse.
O chefe do Executivo ainda tentou justificar e argumentar que poderia pensar em um “aumento linear para todo mundo”. “Vai dar 0,6% de reajuste para todo mundo, desses R$ 2 bilhões. Agora, se houver oportunidade, converse sobre isso [depois]. A gente não quer cometer excessos, injustiça para mais nem para menos. É uma categoria realmente que em grande parte ou quase todos levam o Brasil ao seu destino em suas políticas”, frisou.
As falas de Bolsonaro tentam apaziguar sua situação com o funcionalismo público que já ameaça uma paralisação geral. Só nesta quinta, quase 700 servidores da Receita Federal pediram exoneração de vários cargos de chefia do órgão.