Ideia era instituir esquema petista da Petrobras na mineradora.
Diário do Poder / Foto: reprodução
A trama de Aécio Neves e Joesley Batista, revelada em grampo da delação da JBS, era fazer da Vale uma versão privada do esquema de arrecadação de propinas da Petrobras, segundo acreditam os investigadores. Nesse roteiro, emplacando o ex-presidente do BB e da Petrobras Aldemir Bendine como presidente da Vale, ele teria o suposto compromisso de contribuir com US$8 milhões (R$25 milhões) por ano para “retribuir a indicação”. Essa articulação fracassou. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Os acionistas não conheciam essa armação, mas sentiram cheiro de queimado nas iniciativas de Aécio em fazer reuniões sobre o assunto.
Os acionistas privados, Bradesco e Mitsui, se uniram a Previ e BNDES, representantes estatais, para resistir à pressão.
A solução da Vale foi contratar uma empresa especializada em recrutar executivos, a Spencer Stuart, para blindar a governança da empresa.
No grampo com Joesley, Aécio se gaba de ter conseguido infiltrar o nome do escolhido para a Vale. Estava vendendo o que nunca teve.