Por Cidinha Medrado para o Blog
O prefeito de Araripina Raimundo Pimentel, enviou para a Câmara de Vereadores ainda no início do ano passado, um projeto de reforma da previdência dos servidores, isso logo após aprovação do Congresso Nacional. Araripina vem discutindo sobre o assunto desde 2020. Com a pandemia do novo coronavírus, e as eleições, foi impossível uma ampla discussão sobre as novas medidas relacionadas no projeto do executivo, por se tratar de um assunto de extrema importância.
Nessa quinta-feira (25) na Rádio Arari FM, o presidente da Câmara, Reseilton Oliveira, disse ao comunicador Roberto Gonçalves, que o projeto ainda não supre as necessidades do município. “Eu sou muito de dizer e defender minhas ideias, não sou de me esconder, tem que fazer essa reforma, pois o aporte que a prefeitura tem que fazer para garantir o pagamento dos aposentados é de mais de R$ 700 mil, o prefeito com toda a responsabilidade que tem, as vezes deixa de fazer um calçamento para pagar o aporte”, disse o presidente.
Parcelamentos de débitos de gestões anteriores que não fizeram o recolhimento foram inevitáveis, e isso é um obstáculo para a atual gestão, de acordo com Oliveira. Ele contou que o fato de alguns vereadores não aceitarem as mudanças, também é um impedimento para a resolução dos problemas com a previdência. “Alguns vereadores contestaram e eu respeito, quiseram mostrar que estavam preocupados. Mas no passado, eu volto a dizer, eu não sei onde é que estava essa preocupação quando a gestão anterior deixou de repassar mais de R$ 13, milhões e outras gestões que por aqui passaram”, disse ele.
O projeto enviado pelo executivo, segundo o vereador, já foi discutido, aprovado e sancionado, logo depois, dois vereadores posicionaram-se contra e entraram na justiça. “A primeira coisa que pode acontecer é Araripina ficar inadimplente e começa a perder recursos e entra na contramão para discutir uma coisa que já era superada. A meu ver a reforma ainda não soluciona o problema de Araripina”, comentou Roseilton.
Cada município deve fazer a reforma da previdência dos servidores municipais conforme as novas regras previdenciárias em vigor, adaptar as normas municipais com a reforma da Previdência Social, aprovada em 2019 pelo Congresso nacional.
O presidente avisou que as reuniões presenciais estão suspensas, mas acontecem por vídeo conferência, e o atendimento diário continua, sempre cumprindo os protocolos sugeridos no decreto estadual. Ouça a entrevista na íntegra: