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Mudança na matriz energética do polo gesseiro é um dos principais temas da Política Industrial da FIEPE no Araripe

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Foto: divulgação

A Governadora Raquel Lyra anunciou ontem (6), em Araripina, a construção de um terminal de regaseificação para a inserção do Gás Natural como matriz energética nas indústrias, especialmente do polo gesseiro do Araripe. A ação será executada pela Copergás com investimentos na ordem de R$ 6 milhões e previsão de início para o mês de abril e conclusão no primeiro semestre de 2025.

A mudança da matriz energética saindo da lenha para outras matrizes mais limpas, como o Gás Natural, é uma das principais reivindicações dos empresários do setor que, através da atuação da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) inseriu o tema na sua Política Industrial entregue à Governadora no início do seu mandato, em 2023.

Além do anúncio da construção do terminal de regaseificação, o Governo de Pernambuco também irá conceder isenção total da alíquota de ICMS sobre o produto e estimular o financiamento de novos equipamentos, especialmente os fornos, que atualmente são construídos para a queima da lenha no processo produtivo industrial.

Durante o evento de lançamento, a FIEPE esteve representada por sua diretora regional adjunta no Araripe, a empresária Fernanda Timóteo, que destacou o papel de articulação da Federação neste anúncio que visa trazer mais sustentabilidade e competitividade para o polo gesseiro do Araripe.

“Nós, hoje, buscamos lenha numa distância de 700km, portanto o impacto não será somente no custo das empresas, mas será principalmente na questão ambiental. Nós vamos poder, assim, preservar a caatinga e produzir, barateando os custos com muito mais sustentabilidade”, destacou Fernanda.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Gesso do Estado de Pernambuco (Sindusgesso), Jefferson Duarte, afirmou ser este um momento histórico para o Polo Gesseiro do Araripe, pois a troca da matriz energética vai proporcionar mais investimentos e desenvolvimento para o setor.

De acordo com estudos divulgados pela Copergás, a região tem a capacidade para consumir cerca de 320 mil metros cúbicos de gás natural por dia e será implantado modelo semelhante ao que já está em funcionamento nas cidades de Petrolina e Garanhuns.

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