Por André Arcas (*)
Dizer que o país vive uma nova política talvez não seja consenso, mas afirmar que existe um novo tipo de campanha eleitoral parece não haver mais dúvidas. Desde a última eleição, quando as redes sociais tiveram um papel fundamental, este conceito se solidificou e as regras recém divulgadas para o pleito deste ano vieram na direção de reforçar ainda mais o potencial desta ferramenta.
Velhas práticas como a distribuição de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas e outros itens estão proibidas. Também não será permitida a fixação de faixas, cartazes, placas e pinturas em muros.
Dessa forma as redes sociais levarão a campanha definitivamente para o vídeo.
É nesta hora que sairão na frente os concorrentes que tiverem maior capacidade de apresentar de maneira clara suas ideias e sua visão de futuro. A atividade política é uma das que mais exigem de seus praticantes a habilidade de convencer pessoas, quer seus eleitores ou seus pares, por meio da comunicação.
Principalmente num cenário no qual o que eles disserem estará imediatamente distribuído para as palmas das mãos de milhares de simpatizantes ou não de sua candidatura. Em nenhum momento nos últimos tempos os candidatos precisaram investir tanto em aprimoramento de sua comunicação como será necessário nessa campanha de 2020.
Para alcançar o sucesso neste novo formato de fazer campanha é necessário ampliar de forma exponencial a capacidade de persuasão. Ela é uma competência complexa. Não se trata apenas de falar as coisas corretamente, defender posições polêmicas, ser coerente e nem de apresentar os fatos com sacadas divertidas. Convencer é plantar uma semente na mente de um interlocutor que vai precisar de tempo para germinar. É preciso adequar a linguagem ao público, buscar objetividade, ter clareza de propósito, uma postura convincente, um tom de voz firme, estratégia de roteiro, controle emocional e muito mais. Sem o desenvolvimento consciente e contínuo dessas habilidades, a chance de sucesso é ínfima.
Desenvolver isso sozinho, claro, leva tempo. Por isso, contar com um profissional especializado em comunicação interpessoal, é uma alternativa que muitos políticos vêm buscando. O coach de palco pode executar em dias uma capacitação que, sozinho, o candidato levaria meses ou até anos para fazer.
Quem almeja garantir em outubro uma cadeira nas prefeituras ou câmaras municipais a partir de 2021 e ainda não se preocupou com isso está muito atrasado. Isto porque a legislação atual permite que, se tudo estivesse preparado, sua campanha já estivesse nas redes sociais.
Tecnicamente a propaganda eleitoral é oficialmente permitida somente a partir do dia 16 de agosto. Mas a legislação autoriza, desde as últimas eleições, os pré-candidatos a iniciarem suas corridas em busca do eleitorado. A largada eleitoral já foi dada. É hora de correr e pedir apoio profissional para conquistar o quanto antes todo o apoio político que você vai precisar.
* André Arcas é coach de palco – consultor especializado em técnicas de apresentação – da Arcas Treinamentos. Estudou direito pela USP, negociação em Harvard, Empreendedorismo e Inovação pelo programa Stanford Ignite e Storytelling pela IDEO, além de ser practitioner em PNL (Programação Neuro-Linguística) pela SBPNL. André já realizou vários treinamentos sobre como falar em público e treinou desde palestrantes do TEDxSãoPaulo até executivos de grandes empresas. https://arcas.me/