Procurador da República, Deltan Dallagnol, detalhou esquema de corrupção que teve Lula como “comandante máximo”.
Do Diário do Poder / Foto: Reprdução
O procurador da República Deltan Dallagnol detalhou a denúncia contra o ex-presidente Lula e afirmou que o petista é o “comandante máximo do esquema de corrupção investigado pela Lava Jato”. De acordo com o comandante da força-tarefa da Lava Jato, Lula chefiou uma verdadeira “propinocracia”, sistema de governo baseado na divisão de propina para manter controle do Congresso.
Dallagnol explicou que o esquema funcionou de 2006 a 2016 com um total de R$ 87 milhões desviados por meio de contratos superfaturados ou fictícios e R$ 3,7 milhões relacionados à lavagem de dinheiro. No caso da lavagem de dinheiro o valor corresponde ao total de “valores indevidos” remetidos ao ex-presidente por meio da compra e reforma do triplex no edifício Solaris, no Guarujá-SP, pela OAS.
Para o Ministério Público Federal (MPF), assim que chegou ao poder, o governo Lula se empenhou em atingir a “governabilidade corrompida” por meio de pagamento de propina, a “perpetuação criminosa no poder” e o “enriquecimento ilícito” utilizando não apenas a Petrobras, mas a Eletrobras, os ministérios do Planejamento e da Saúde, além da Caixa e outros órgãos.
Apesar do esquema classificado como “sofisticado e difuso” a Petrobras era tida como a “galinha dos ovos de ouro” para o governo Lula. Segundo a denúncia, o ex-presidente incumbiu diretores e gerentes, entre eles Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Pedro Barusco, de garantir as propinas milionárias junto às empreiteiras vencedoras de contratos com a estatal.