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Mourão: militar preso com drogas era ‘mula qualificada’

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“Ele não trabalha na Presidência da República, mas na FAB, e no avião exerce a função de comissário de bordo”, disse Mourão sobre os 39 kg de cocaína transportados pelo sargento
  • Por Jovem Pan / Valter Campanato/Agência Brasil

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou, na manhã desta quarta (26), que o sargento da Aeronáutica preso por transportar drogas na bagagem era uma ‘mula qualificada’ e que ele estaria no voo de volta que Jair Bolsonaro fará do Japão para o Brasil. O presidente viajou ao país asiático para participar da cúpula do G-20.

“Pela quantidade de droga, ele não comprou na esquina e levou”, disse Mourão sobre os 39 kg de cocaína transportados pelo militar. “Ele estava trabalhando como mula e uma mula qualificada”.

O presidente em exercício também comentou se o sargento embarcaria com Bolsonaro na ida para o país oriental. “Não, o que acontece quando tem essas viagens, vai uma tripulação que fica no meio do caminho, então, quando o presidente voltasse do Japão, essa tripulação iria embarcar no avião dele. Então seria Sevilha-Brasil”, disse.

episódio, ocorrido nesta terça (25), que criou desconforto ao Palácio do Planalto, levou o governo brasileiro a mudar a escala do presidente de Sevilha para Lisboa.

Mais cedo, em entrevista à Rádio Gaúcha, Mourão disse que as Forças Armadas “não estão imunes a esse flagelo da droga”. “Isso não é a primeira vez que acontece, seja na Marinha, seja no Exército, seja na Força Aérea. Agora a legislação vai cumprir o seu papel e esse elemento vai ser julgado por tráfico internacional de drogas e vai ter uma punição bem pesada”, afirmou.

Ao falar novamente com a imprensa, Mourão voltou a afirmar que a corporação não está imune a situações como essa. “Foi o que falei hoje, essa questão do tráfico de drogas atinge a sociedade como um todo, e as forças armadas não é um agrupamento que vieram de Marte, eles pertencem aqui a nossa população e estão sujeitas, a toda… seja para o consumo seja para o tráfico”, disse o presidente em exercício.

A prisão do sargento ocorreu na escala na Espanha, durante o percurso para o Japão. O militar preso embarcou em Brasília, no avião reserva da Presidência, o Embraer 190, do Grupo de Transportes Especiais da Força Aérea, e que levava três tripulações de militares para a missão presidencial. Ele não trabalha na Presidência da República, mas na FAB, e no avião exerce a função de comissário de bordo.

“Aquilo não é avião presidencial, inclusive para vocês saberem, o avião que o presidente decolou ontem, esse avião decola, faz pra ver se está tudo bem, desce e é lacrado. Só é aberto novamente quando presidente está para embarcar”, disse Mourão.

Estadão Conteúdo

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