O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes homologou neste sábado (9) o acordo de colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Moraes também concedeu liberdade provisória a Cid, com cumprimento de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, limitação de sair de casa aos fins de semana e à noite, e afastamento das funções no Exército.
“No atual momento procedimental, o encerramento de inúmeras diligências pela Polícia Federal e a oitiva do investigado, por três vezes e após ser decretada sua incomunicabilidade com os demais investigados, apontam a desnecessidade da manutenção da prisão preventiva, pois não mais se mantém presente qualquer das hipóteses excepcionais e razoavelmente previstas na legislação que admitem a relativização da liberdade de ir e vir para fins de investigação criminal”, diz Moraes em sua decisão.
A decisão do ministro segue após o acordo de colaboração fechado com a Polícia Federal sobre o caso das joias sauditas, o cartão de vacina e a minuta encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres que tratava de um suposto golpe de estado.
Na tarde da última quinta-feira, em seu perfil pessoal na rede social X, antigo Twitter, o ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro Fabio Wajngarten publicou uma postagem na qual afirma que “não há o que delatar”.
Além da PF, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro também pretende realizar um acordo de delação premiada com o tenente-coronel Mauro Cid, após a autorização dada pela advocacia do Senado. O pedido para a realização da delação foi apresentado pela relatora Eliziane Gama (PSD-MA).