Outro colega do tribunal afirmou que a corrupção no Brasil é uma das ‘maiores vergonhas da humanidade’
BRASÍLIA – O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Newton Trisotto, relator do julgamento que manteve preso homem apontado pela Polícia Federal (PF) como operador de Youssef no exterior nesta terça-feira, disse que a corrupção brasileira é “uma das maiores vergonhas da humanidade”. Já o ministro Felix Fischer cogitou que nenhum outro país viveu “tamanha roubalheira”. A 5ª Turma da Corte decidiu por unanimidade manter a prisão de João Procópio de Almeida Prado.
– A corrupção no Brasil é uma das maiores vergonhas da humanidade – afirmou o relator Newton Trisotto, em uma sessão de discursos fortes. O ministro também ressaltou a extensão que está tomando a Operação Lava-Jato, ao revelar cifras bilionárias.
A defesa de João Procópio – apontado como homem de confiança de Youssef fora do Brasil, e preso em julho – alegou que a prisão havia sido cumprida sem requisitos legais. Ou seja, diziam que a prisão havia sido fora da lei, e que deveria ser revogada.
-Pelo valor das evoluções, algo gravíssimo aconteceu – disse Trisotto.
Trisotto, acompanhado pelos outros ministros, negou essa tese, e qualificou o papel de João Procópio no esquema como “fundamental”.