A aprovação da reforma da Previdência não está na pauta “por acidente” e é essencial para evitar o colapso dos governos federal, dos estados e dos municípios, disse hoje (25), o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em reunião da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), ele manifestou confiança na aprovação da reforma até o meio do ano, e prometeu um pacote de boas medidas após as votações.
“Quando se vota contra a reforma está se votando contra nossos filhos e netos. Então, estamos ao lado das gerações futuras. Quem votar contra está contra elas e a favor do colapso”, declarou Guedes a uma plateia de prefeitos. “Estamos convencidos que população madura e o Congresso sabem o tamanho do desafio”, acrescentou.
Mesmo com as dificuldades na articulação entre o governo e o Congresso nos últimos dias, Guedes disse acreditar na aprovação da reforma em três ou quatro meses. “Daqui a três ou quatro meses, o mais difícil terá passado. Eu acho que vocês [prefeitos] podem ir para a próxima eleição, no ano que vem, com um ano de coisas boas para dizer”, disse.
Guedes classificou o momento atual como “jogo de força e queda de braço” e atribuiu os atritos recentes em torno da reforma da Previdência a problemas de comunicação entre o Executivo e o Legislativo. “Peço o empenho possível porque é importante para todos nós. Tenho certeza que problemas de comunicação serão superados. Não pode ter toma lá, dá cá, tem que ter uma conversa”, disse o ministro em pronunciamento por quase uma hora aos prefeitos.
O ministro reiterou a confiança no presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para conduzir as discussões entre os deputados. “Desde o início, ele apoia a reforma da Previdência. Quando ele foi eleito pela primeira vez [presidente da Câmara], em 2016, falou da importância da aprovação da reforma no primeiro discurso. Ele é a favor”, ressaltou. Guedes também destacou que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também tem se manifestado a favor da reforma.