Na quarta-feira (15), o Ministério da Saúde publicou uma nota informativa em que volta atrás sobre a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades. Agora, a orientação do ministério é que não seja feita a vacinação deste grupo.
A vacinação deve ficar restrita a três perfis específicos:
- Adolescentes com deficiência permanente,
- Adolescentes com comorbidades,
- e adolescentes que estejam privados de liberdade.
A nota informativa de ontem contraria uma outra publicada pela pasta em 2 de setembro, que recomendava a vacinação para esses adolescentes a partir do dia 15.
O ministério ressalta que os adolescentes sem comorbidades formariam o “último subgrupo elegível para vacinação e somente vigoraria a partir do dia 15 de setembro”.
Em suas justificativas para deixar de prever o público amplo, a nota argumenta que a “Organização Mundial de Saúde não recomenda a imunização de criança e adolescente, com ou sem comorbidades”.
No Brasil, o imunizante da PFizer já tem autorização da Anvisa para ser aplicado nesta faixa etária; e, pelo mundo, outras vacinas já são aplicadas em menores de 18 anos.
Além disso, em seu recente posicionamento, o Ministério da Saúde destaca ainda que a “maioria dos adolescentes sem comorbidades” não sofrem de casos graves da doença, que há “somente um imunizante” avaliado em ensaios clínicos, e que “os benefícios da vacinação em adolescentes sem comorbidades ainda não estão claramente definidos”.
Por fim, o governo ressalta a “redução na média móvel de casos e óbitos (queda de 60% no número de casos e queda de mais de 58% no número de óbitos por covid-19 nos últimos 60 dias) com melhora do cenário epidemiológico”.