Em entrevista à TV JC no #ResenhaPolítica nesta sexta-feira (24), o prefeito de Petrolina pelo MDB, Miguel Coelho, defendeu a candidatura própria do partido para a Prefeitura do Recife, tendo o deputado federal Raul Henry (MDB-PE) como principal nome para concorrer a vaga. “A candidatura de Raul não significa uma afronta ao PSB ou acabar com a Frente Popular. O que o senador (Fernando Bezerra Coelho) defende é o fortalecimento de um nome que já foi comprovado e testado, tanto na parte de gestão, quanto na parte de política”, ele lembrou que Raul teve a oportunidade de ser vice-governador do Estado e acredita que ele “não vislumbre querer ser vice-prefeito” e, por isso, a candidatura ao cargo majoritário. Miguel frisou que, apesar de Raul ser o nome principal, o partido tem outros nomes “que nem no ramo da política estão” para colocar no lugar dele, caso não seja o escolhido e citou o nome da delegada Patrícia Domingos, “mas não no MDB”.
Falta de união com a oposição
A falta de união do bloco de oposição no Recife é algo que inquieta o prefeito de Petrolina. Ele defende que a vontade própria de querer ser prefeito deve ser deixada de lado para “pensar mais no Recife”. “Não é o momento de discutir nomes, é o momento de se juntar em torno de projetos e propostas, quais são os problemas que assolam os recifenses aqui na região metropolitana, que são problemas corriqueiros. Só depois que você identifica o problema, você precisa encontrar um CPF que resolva eles”, ressaltou.
Quando perguntado, Miguel ironizou a oposição da gestão do PSB no Estado e na cidade ao governo Bolsonaro. “Geraldo fala, mas não se negou a receber o financiamento da Caixa Econômica do presidente Temer, e depois do presidente Bolsonaro. Ou seja, é muito bom para fazer discurso político, mas na hora de receber ajuda do governo, não reconhece. Querer apontar responsabilidades é fugir da sua própria competência, e não ter a humildade de reconhecer que os problemas do Recife não são de responsabilidade do presidente da República, sim do prefeito”, e completou que as Prefeituras precisam do Governo Federal para resolver os problemas.
Quebra de vínculo com a Compesa
Ainda na entrevista ao #ResenhaPolítica na TV JC, o prefeito falou que não tem previsão para o lançamento do edital da concessão dos serviços de água e esgoto da cidade, que tem o investimento previsto de R$ 1,2 bilhão em 35 anos. “Esse valor é significativo porque já incluímos toda a área do interior. A Compesa me propôs fazer um contrato direto, onde nos próximos 30 anos ia investir menos de 500 milhões. Até em conta de padaria a gente sabe que a prefeitura está perdendo”, afirmou. Coelho comentou que o processo já está em fase final no Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE). “O edital precisa da validação do TCE, é uma norma que ele impôs para todas as questões de concessões. Estamos esperando que ele possa concluir as análises técnicas e assim que eles derem o ok, vamos colocar o edital na rua”, informou. (JC)