Em 2022, a cada dez postos de trabalho gerados no Brasil, aproximadamente 8 foram criados pelas micro e pequenas empresas (MPE), segundo levantamento do Sebrae feito com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Com o resultado positivo, o acumulado do ano ultrapassou 2 milhões de novas vagas, das quais quase 1,6 milhão teve lugar nos pequenos negócios.
Mesmo quando comparado com 2021 – quando as MPE tiveram um desempenho que superou os 2,17 milhões de empregos gerados, equivalente a 77% do total de vagas do período –, verifica-se que a participação dos pequenos negócios no saldo total aumentou no ano passado, chegando a 78,4%.
“Mais uma vez, os pequenos negócios não decepcionaram o Brasil e mantiveram a tradição de grandes geradores de empregos no país. Assim como em 2022, tenho certeza de, neste ano, as MPE, principalmente na figura do Microempreendedor Individual (MEI), continuarão a impulsionar a nossa economia, com destaque para os setores de Serviços e Comércio”, assegura o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
Na soma dos 12 meses do ano passado, os setores dos pequenos negócios que mais contrataram foram Serviços (828.463), Comércio (332.626) e Construção Civil (229.755). No ranking dos saldos de empregos por unidade federativa, o primeiro lugar ficou com Roraima, seguido de Amapá e Amazonas. Em valor absoluto de vagas nas MPE, São Paulo ficou na liderança.
A pesquisa também faz um recorte de dezembro de 2022 que, similar aos anos anteriores, apresenta mais desligamentos do que admissões, resultando em saldos negativos em todos os portes.
No último mês do ano passado, o Brasil encerrou pouco mais de 431 mil postos de trabalho – desse volume, as MPE foram responsáveis por 205 mil (47,5%).
Como todos os portes apresentaram saldos negativos de contratação, o mesmo pôde ser observado na estratificação por setor de atividade. O único setor que gerou emprego foi o setor do Comércio das MPE.