Na nota João diz que as únicas vezes em que mentiu sobre a presidente Dilma “já faz algum tempo” e “foi para defendê-la”, “jamais para acusá-la”.
JC Online / Foto: Divulgação
O ex-marqueteiro das campanhas petistas João Santana, divulgou nota, nesta quarta-feira (17), repudiando as declarações dadas pelo ex-ministro da Justiça de Dilma, José Eduardo Cardozo, apontado na delação do marqueteiro como informante de Rousseff sobre a Operação Lava Jato.
“Apenas para ficar em dois indícios não devidamente noticiados: se não estivéssemos sendo informados da iminência da prisão, porque chamaríamos, na sexta, 19 de fevereiro, o nosso então advogado, Fabio Tofic, para que viesse às pressas a S. Domingos?”, diz João. “ Por que cancelaríamos nosso retorno ao Brasil, dias antes, com passagem comprada e com reserva já confirmada?”, relatou João ao jornal O Globo.
O marqueteiro classificou a entrevista como “grotesca e absurda” e negou haver contradição nos depoimentos dele e da esposa, Mônica Moura, que também participou das campanhas.
Santana reafirmou que soube, pela ex-presidente Dilma Rouseff, que “a prisão seria iminente” e sustentou a veracidade do e-mail em que teria sido alertado disso, apresentado pelo casal em sua defesa. Na entrevista ao Globo, Cardozo negou ter repassado informações da operação Lava Jato à ex-presidente.
A informação dos marqueteiros de que Dilma recebeu caixa 2 fora do Brasil. “João Santana recebeu R$ 70 milhões declarados por uma campanha eleitoral.
Caixa 2
Com relação ao Caixa 2, tratado como “inverossímil” por Cardozo, João Santana disse que o ex-ministro “insiste também na versão surrada expressa a mim, desde 2015, pela presidente Dilma (…). Este argumento não se sustenta para qualquer pessoa que conheça os altos custos e a realidade interna das campanhas”. O marqueteiro teria recebido R$ 70 milhões declarados por uma campanha eleitoral.
“É uma mentira deslavada: nos nossos depoimentos está bem discriminado o que são campanhas do exterior e campanhas do Brasil. De forma cínica diz que não houve caixa dois nas campanhas de 2010 e 2014. Pra cima de mim, José Eduardo?”, continuou Santana.
Na nota João diz que as únicas vezes em que mentiu sobre a presidente Dilma “já faz algum tempo” e “foi para defendê-la”, “jamais para acusá-la”.