Por Cidinha Medrado
O Brasil está vacinando idosos e profissionais de saúde. É a primeira fase da vacinação contra Covid-19, estes são os grupos prioritários. O país é considerado referência em imunização, na opinião do médico Imunologista, Dr. Cícero Inácio, ele fez uma avaliação dos imunizantes em entrevista exclusiva para o Jornalista Roberto Gonçalves no Programa Araripina Urgente dessa quarta-feira (3).
“O Brasil já vacinou de tudo, muitas doenças, como Sarampo, Poliomielite e Rubéola. Graças a Deus erradicou essas doenças, que também mataram muita gente”, disse o especialista.
O assunto principal da conversa foi vacinação contra Covid-19, a qual o médico falou positivamente, considerando que o Brasil já alcança a 8ª posição em números relativos no mundo, principalmente pela logística de distribuição das doses. Para ele, a vacina AstraZeneca, da Universidade de Oxford contra COVID-19 é eficiente para proteger o público da doença.
“Tem duas semanas que começou a vacinação, a eficácia da vacina principalmente de Oxford, tem uma eficácia muito boa, não só em adultos, mas também em idosos, inclusive após a dose ser aplicada após os três meses”, disse o médico.
Para Dr. Cícero, depois da segunda dose, a AstraZeneca aumenta muito mais sua eficácia, podendo chegar perto dos 100% quando comparada à doença grave ou de 76 a 78% em doenças leves. Ele também acredita nos efeitos positivos da Coronavac, do Instituto Butantan.
“A Coronavac mostrou-se eficaz muito em seus 50.34%, quando feita a segunda dose entre 14 a 28 dias, então não pode se esperar muito para se fazer a segunda dose do Coronavac, se não se perde a primeira e ai é dinheiro jogado fora também, por isso muitos governos seguram aa segunda dose para aplicar de imediato”, explicou Dr. Cícero
O imunologista também defende que tudo o que puder ser feito para imunizar a população é válido, como no caso de ser vendida em empresas privadas, isso obedecendo a critérios de preferência, sempre do idoso para o mais jovem. Ele acredita também que diante de análises científicas feitos em vacinas que podem vir de outros países são importantes e podem ajudar no processo de proteção da população contra a Covid-19. E explicou que todo vírus se evolui e por isso, as pessoas se assustam quando falam em mutações.
“O ambiente, outros vírus, exposição à genética da população, tudo isso contribui para que vírus mude seu material genético para melhor se adaptar ao ambiente, o que não pode é a vacina perder sua eficácia contra essas mudanças. Mas com o passar do tempo, a vacina tem que ir melhorando de acordo com essas mudanças também”, explicou. Ouça a entrevista na íntegra: