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Marcelo Odebrecht pede a Moro que mantenha ação suspensa

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altProcesso foi paralisado para negociação de acordo de delação premiada.

Agência O Globo / Foto: Reprodução

SÃO PAULO — A defesa do empresário Marcelo Odebrecht pediu ao juiz Sérgio Moro que mantenha suspensa a ação penal na qual é acusado de repassar US$ 3 milhões ao marqueteiro do PT, João Santana. A petição foi apresentada pelos advogados na noite desta terça-feira. A ação estásuspensa desde o dia 12 de agosto, quando Moro optou por paralisar os trabalhos devido às negociações para delação premiada. Com a demora para o fechamento do acordo, Moro intimou o Ministério Público e as defesas a se manifestarem sobre a paralisação dos trabalhos.

Os acordos de delação, que são individuais, devem envolver cerca de 50 executivos. Cerca de 25 já foram fechados. A defesa de Luiz Eduardo Rocha Soares, acusado de ser o responsável pela abertura de offshores para pagar propinas fora do país, tem expectativa de que o acordo seja fechado em 30 dias. Os advogados pediram a suspensão por mais 30 dias e disseram que este é o “tempo que se estima suficiente para que os fatos atualmente mantidos sob sigilo possam ser noticiados”. O pedido inclui também os irmãos Olívio Rodrigues Júnior e Marcelo Rodrigues, que prestavam serviços terceirizados de pagamentos no exterior.

A ação que envolve João Santana é a segunda que Marcelo Odebrecht responde na 13ª Vara Federal de Curitiba. Na primeira, ele já foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão.

Nesta ação, os depósitos feitos ao marqueteiro numa conta no exterior somam US$ 3 milhões. Nas investigações que envolvem o ex-ministro Antonio Palocci, a Odebrecht é acusada de ter repassado, por meio dele, pelo menos R$ 128 milhões em propinas ao PT. Novos repasses a Santana também foram identificados.

A investigação sobre a atuação de Palocci foi prorrogada para que a Polícia Federal possa analisar documentos da Projeto, a consultoria do ex-ministro. Moro determinou que o inquérito seja encerrado, no máximo, até o próximo dia 25.

A delação dos executivos da Odebrecht devem incluir pagamentos de propinas em obras do PAC a parlamentares e governadores.

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