“A Justiça Eleitoral é uma invenção exclusivamente brasileira”, disse o bacharel em direito no programa Araripina Urgente
Por Cidinha Medrado para o Blog
Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estão discutindo há alguns dias, possibilidades de deixar inelegível, o presidente Jair Bolsonaro para a eleição de 2022, por conta de uma transmissão feita pelo presidente em julho, quando disse que o STF fecha os olhos para evidentes manipulações ocorridas nas urnas eletrônicas nas eleições de 2018. Por causa disso, o Tribunal instaurou um inquérito administrativo no TSE, isso colocou os magistrados de prontidão para analisar os discursos do Presidente durante atos de 7 de setembro, de onde pretendem adquirir provas contra.
O inquérito é conduzido pelo ministro corregedor-geral da Justiça Eleitoral Luiz Felipe Salomão, ele que no último dia (16) de agosto determinou que as plataformas digitais YouTube, Twitch.TV, Twitter, Instagram e Facebook suspendam o repasse de valores oriundos de monetização às pessoas e às páginas indicadas no Inquérito.
O bacharel em direito Marcel Farias, fez uma avaliação sobre o assunto. Ele disse que a Justiça Eleitoral só existe no Brasil e tem um custo altíssimo e muitos processos ineficientes.
“A Justiça Eleitoral é uma invenção exclusivamente brasileira, não existe justiça eleitoral em nenhum outro país, os processos brasileiros são todos julgados na justiça comum, somente no Brasil temos a justiça eleitoral que custa aos cofres públicos, R$ 10 bilhões, onde R$ 7 bilhões são só para pagar salários de funcionários, dinheiro meu e seu sendo jogado para uma justiça ineficiente, a mesma justiça que mantém elegível, coronéis que compram votos, usam e abusam do poder econômico e utilizam a máquina pública para fazer campanha”, disse Marcelo.
Ele também criticou que mesmo com crimes comprovados, a justiça deixa permite que alguns fichas-sujas continuem fazendo política e comandando o país, debaixo de muitas culpas.
“Em qualquer outro país sério, no mínimo estes ministros já estariam sendo investigados. Qual foi o crime do presidente Bolsonaro? Pedir mais transparência nas urnas. E você ouvinte, eleitor, é contra mais transparências nas urnas? Tenho certeza que não. Mas porque então essa perseguição?”, disse Marcelo.
Vale lembrar que a própria justiça eleitoral pediu em 2014 que fossem feitos estudos técnicos para testarem a segurança nas urnas, no resultado, a Polícia Federal disse que é impossível auditar o voto entre a digitação e a totalização no B.U de urna, justamente o laudo apresentado pelo presidente na live.
A estratégia da inelegibilidade é discutida nos bastidores para ser usada apenas em caso extremo, de risco de acontecer um rompimento institucional, emfim, políticos avaliam que iniciar um processo de impeachment, a um ano e dois meses das eleições, pode gerar uma grande revolta. Ouça: