A presidenta “inteligenta” ameaça demitir ministros na guerra contra o impeachment.
Por Claudio Humberto / Jornal do Commercio
A presidente Dilma atuou diretamente no esforço para devolver a liderança do PMDB ao deputado Leonardo Picciani (RJ), hoje o principal aliado do Planalto na Câmara, porque sabe que a adesão dele ao governo desestabiliza Eduardo Cunha, seu maior adversário. Nesse sentido, a presidente considera demitir ministros do PMDB que não se posicionem claramente distantes de Cunha e do vice Michel Temer.
Estão ameaçados Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), Helder Barbalho (Portos), Henrique Alves (Turismo) e Marcelo Castro (Saúde).
Um conselheiro de Dilma nessa nova atitude é o presidente do Senado, Renan Calheiros. Ela ameaça também cortar emendas parlamentares.
Dilma só não quer demitir a ex-adversária e nova amiga Kátia Abreu (Agricultura), que se desentendeu dias atrás com o tucano José Serra.
“A própria presidente telefonou para os deputados”, conta Osmar Terra (RS) sobre a atuação de Dilma por Picciani. Ele avisou: haverá troco.