Ela quer evitar perguntas incômodas dos senadores ‘golpistas da direita’.
Por Claudio Humberto / JC Online / Foto: Reprodução
A presidente afastada Dilma Rousseff não irá participar de seu interrogatório na Comissão Especial de Impeachment marcado para a próxima quarta-feira, 6. Segundo fontes próximas à petista, ela será representada pelo seu defensor, o ex-advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo.
Oficialmente, a defesa da presidente só confirmará a ausência de Dilma nesta terça-feira, 5, durante a sessão que ouvirá os peritos do processo na comissão especial. Cardozo já admitia que a “tendência” era que a presidente não comparecesse.
Um dos motivos para Dilma não participar pessoalmente da sessão seria para evitar confrontos com senadores como Magno Malta (PR-ES) e Ataídes Oliveira (PSDB-TO), que são agressivos e “não têm papas na língua”.
O rito do impeachment, definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), prevê que a presidente seja interrogada nessa fase de instrução probatória do processo. Na época de Collor, o interrogatório seria feito logo após o Senado ter instaurado o processo, mas a ida ao Senado do então presidente não aconteceu, porque ele renunciou antes disso.