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Lula se diz “ansioso” para depor a Moro

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“Vai ser a primeira oportunidade que terei de saber qual a acusação contra mim, que tipo de prova eles têm”, disse o ex-presidente.

Do Blog do Magno / Foto: reprodução

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, hoje, que está “ansioso” pela audiência em que vai depor ao juiz da 13ª Vara Federal do Paraná, Sergio Moro, em Curitiba. O depoimento está marcado para o próximo dia 3 em processo da Operação Lava Jato.

“Estou ansioso para esse depoimento –vai ser a primeira oportunidade que terei de saber qual a acusação contra mim, que tipo de prova eles têm. Até agora, a única coisa que ouvi dizer é que não devo esperar provas: o que eles têm contra mim é convicção”, disse.

As declarações foram dadas em entrevista à rádio O Povo/CBN, de Fortaleza. Ainda sobre o depoimento a Moro, o ex-presidente lembrou que, por ordem do magistrado, já teve sigilos bancário e telefônico quebrados –um deles, de uma conversa com a então presidente Dilma Rousseff ­­, e disse que quer “ir lá, responder as perguntas do juiz, saber as provas que ele tem contra mim”. “Prova significa documento, coisa escrita, conta bancária. Já quebraram meu sigilo, o sigilo da minha mulher, uma conversa minha com a Dilma… Não sei qual o limite deles em invadir a minha vida”, concluiu.

Frente a frente com Moro

Indagado sobre o que pretende dizer ao juiz, porém, Lula desconversou. “Não pretendo dizer nada – mas ouvir que provas eles têm contra mim. Acho que o Moro tem um papel importante na história do país ­­a única coisa que eu condeno é usar a imprensa para condenar antes de ter as provas”, criticou.

O depoimento está marcado para 3 de maio, às 14h, na Justiça Federal do Paraná. Lula será o último a depor de uma série de interrogatórios já feitos com acusados envolvidos no processo relativo à reforma de um tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, de um sítio em Atibaia, no interior de São Paulo. A primeira vez que Lula conversou diretamente com Moro foi em 30 de novembro do ano passado, quando testemunhou em defesa do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB­RJ).

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