Os beneficiários do Bolsa Família não terão 13º pagamento. A informação da decisão tomada pelo presidente Lula e seu ministro do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, foi anunciada nesta sexta-feira (3/3) durante entrevista coletiva para apresentação da retomada do programa de transferência de renda.
A secretária de Avaliação de Gestão da Informação e Cadastro Único, Letícia Bartholo, foi questionada sobre o pagamento da parcela extra e afirmou que a medida, tomada por Jair Bolsonaro (PL), teve caráter eleitoral e não é condizente com um programa assistencial.
“O 13º só foi pago em um ano, muito mais como promessa de campanha. Foi em um ano. O Bolsa Família é um programa de assistência, de complemento de renda, não se adequa à vinculação de um 13º salário. Ele tem agora um pagamento per capita muito superior ao que antes existia, o Bolsa Família original e o Auxílio Brasil. Obviamente, não há previsão de pagamento de 13º porque o desenho proposto se adequa melhor”, disse Letícia Bartholo.
Nessa quinta-feira (2/3), o novo Bolsa Família foi oficialmente lançado, retomando o nome original do projeto criado na primeira passagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela presidência e encerrando o Auxílio Brasil, designação dada pela gestão de Bolsonaro.
No ano passado, um dia após o primeiro turno das eleições, Bolsonaro anunciou o pagamento da 13ª parcela do Auxílio Brasil para mulheres. O programa de transferência de renda já havia feito o pagamento adicional em 2019, sob a gestão do ex-presidente.
O novo Bolsa Família, de acordo com o anunciado pelo governo Lula, atenderá a famílias em contexto de pobreza ou extrema-pobreza, caracterizadas pela renda inferior a R$ 218 por pessoa.
O benefício pagará ao menos R$ 600 por família, com R$ 150 adicionais para crianças de até seis anos e R$ 50 adicionais para jovens de 7 a 18 anos e gestantes.