O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conversou por telefone, nesta quinta-feira, 12, com o líder de Israel, Isaac Herzog. Ele agradeceu o apoio para a repatriação dos brasileiros que estão no meio do conflito do Oriente Médio e solicitou iniciativas para que não faltem item básico para os civis e reforçou a condenação aos ataques terroristas. “Conversei agora há pouco por telefone com o presidente de Israel Isaac Herzog. Agradeci o apoio para a operação de retirada dos brasileiros que desejam retornar ao nosso país. Reafirmei a condenação brasileira aos ataques terroristas e nossa solidariedade com os familiares das vítimas”, escreveu o chefe de Estado em sua conta no Twitter. Lula também falou sobre uma questão que tem preocupado a comunidade internacional, a crise humanitária que tem se instalado na Faixa de Gaza devido ao cerco total que foi imposto por Israel e proíbe a entrada de água, comida e luz na região. “Solicitei ao Presidente todas as iniciativas possíveis para que não falte água, luz e remédios em hospitais. Não é possível que os inocentes sejam vítimas da insanidade daqueles que querem a guerra”.
Durante a conversa com Herzog, o presidente brasileiro não deixou de pautar a criação de um corredor humanitário, tema que será presente na reunião convocada pelo Brasil, no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), a qual o país está na presidência. “Transmiti meu apelo por um corredor humanitário para que as pessoas que queiram sair da Faixa de Gaza pelo Egito tenham segurança. E que o Brasil está à disposição para tentar encontrar um caminho para a paz”. A reunião do Conselho de Segurança está marcada para acontecer nesta sexta-feira, 13, e tem como pauta central as questões humanitárias na Faixa de Gaza e um debate sobre possíveis resoluções para o conflito. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Viera, que está no Camboja, vai embarcar nesta quinta, 12, para Nova York, para participar da reunião junto ao embaixador Sergio Danese, que lidera o Conselho. A guerra entre Israel e Hamas, iniciada no dia 7 de outubro, já deixou mais de 2.800 mortos, sendo dois deles brasileiros, e cerca de 340 mil deslocados internos.
