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Lockdown arruína a economia pernambucana

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Foto: arquivo Blog do Roberto

Por Magno Martins

A partir de hoje e pelos próximos 11 dias, Pernambuco entra em lockdown, apelidado de quarentena pelos marqueteiros do governador Paulo Câmara para não afetar tanto a imagem do Governo nem do Estado nesse terrível quadro da pandemia no mundo, com efeitos na vida de milhares de brasileiros. O crescimento de casos e mortes atinge recordes a cada dia seguido, deixando o País em estado de choque.

Não é só Pernambuco, diga-se de passagem, que recorreu ao lockdown. No Nordeste, Ceará e Bahia saíram na frente, com medidas muito mais duras e restritivas, tudo para evitar o pior, tentativa digamos desesperadora para salvar vidas, escapar de uma tragédia. Toda paralisação dessa natureza é compreensível, mesmo deixando um saldo de efeitos nefastos na economia. Para praticamente tudo, exceto os serviços essenciais.

O que deixou a população pernambucana, entretanto, com uma pulga atrás da orelha foi a inclusão de lojas de automóveis entre os serviços que ficam preservados. Ninguém entendeu, aliás os mais espertos, sim: foi para agradar ao segmento do ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, que monopoliza comércio de automóveis nacionais e importados no Estado.

A pandemia, na verdade, arruinou a economia e levou a taxa de desemprego a recordes em 20 estados brasileiros em 2020, segundo o IBGE. As maiores taxas foram verificadas em estados do Nordeste e as menores, no Sul. Os dados confirmam também que mulheres e negros foram mais penalizados pela crise no mercado de trabalho. Brasileiros com menor escolaridade também tiveram taxa de desemprego superior à média nacional.

No ano, a taxa de desemprego ficou em 13,5%, a maior desde 1993, segundo levantamento da consultoria iDados. No quarto trimestre, a taxa de desemprego no País foi de 13,9%, a maior para o período de toda a série histórica do IBGE, iniciada em 2002. Em termos absolutos, a população desocupada (que não trabalha, mas busca uma vaga) em 2020 atingiu a média de 13,4 milhões de brasileiros, 840 mil a mais do que o observado em 2019 e a maior marca da série histórica da Pnad.

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