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Prefeito de Moreilândia fala sobre problemas no abastecimento de água no município

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João Angelim também destacou dificuldades nos primeiros meses de gestão.

Por G1 Petrolina / Foto: Reprodução/TV Grande Rio

O prefeito de Moreilândia, João Angelim, participou nesta quinta-feira (20) do telejornal GRTV 1º Edição. A entrevista faz parte de uma série que pretende dialogar com os gestores dos 23 municípios da área de cobertura da emissora. O gestor falou sobre o abastecimento de água no município e dos problemas enfrentados na produção de mel.

Izabella Freitas: Nestes primeiros meses, prefeito, quais os principais desafios em Moreilândia?

João Angelim: Os principais desafios é em questão da frota da administração, como foi encontrada, que o gestor anterior deixou. Simplesmente não teve o compromisso de deixar a frota em condição para nesse ano de 2017 a gente fazer um trabalho voltado para todos. E já entramos nesse desafio gastando mais de R$ 400 mil numa crise dessa para poder botar os ônibus para poder rodar.

Izabella Freitas: Acredito que todos estes casos foram repassados para o Ministério Público e ao Tribunal de Contas?

João Angelim: Certeza. Tudo repassado. Enviamos para ter a permissão de gastar este dinheiro, de fazer uma despesa para gastar este dinheiro, para botar os ônibus do FNDE e as máquinas do PAC e trabalhar e continuar fazendo a administração porque o nosso município não pode parar né.

Izabella Freitas: Mesmo com este problema da frota, as aulas do município começaram no tempo normal?

João Angelim: O estado começou no dia 06 e o município começou no dia 3 de fevereiro. Não teve nenhum trabalho, porque agimos e colocamos para trabalhar.

Izabella Freitas: Prefeito, sobre o abastecimento de água no município, a gente sabe que tem sido bem difícil o abastecimento de água por lá. Como é que vem fazendo e o que é que o senhor tem pensado para tentar resolver esta situação?

João Angelim: Inclusive estive em Recife conversando com o nosso governador e conversei com o presidente da Compesa em relação à caixa d’água porque é abastecida com o Rio São Francisco. Mas a cidade cresceu muito e para a área mais alta e não está dando para ser abastecida. O governo colocou três carros-pipa pela Compesa para abastecer a parte mais alta da cidade. Mas ele se comprometeu em fazer um estudo para ver se realmente precisava dessa caixa-d’água para pode atender nosso município. Com certeza ele vai ver que está precisando e vai atender nosso município com esta caixa d’água.

Izabella Freitas: E foi dado um prazo para isso, prefeito, para fazer um estudo e, dentro das possibilidades, viabilizar este projeto?

João Angelim: Devido à situação que hoje tá Pernambuco e o Brasil todo, a gente não pode nem dá este prazo, porque não vai depender da gente nem do governo. Vai depender do dinheiro. Saber onde vai encontrar este dinheiro.

Izabella Freitas: E enquanto isso não acontece, como se pode fazer com estas pessoas que sofrem com este abastecimento? É feito um rodízio?

João Angelim: Está sendo abastecido com carro-pipa. Sendo abastecido com três carros-pipa e eles levam água para a parte mais alta da cidade. Escola, creche, que tá sem condição, e a gente com este carro-pipa que é a Compesa que contratou e coloca água nesta parte da cidade.

Izabella Freitas: Moreilândia é conhecida pela produção do mel, mas com esta seca que a gente vem enfrentando como está a produção por lá?

João Angelim: A produção, são seis anos, vai entrar para o 7º ano de seca. As abelhas eu acho que tem morrido muito e sem falar que estão plantando aquela árvore nim. Quando ela tá florando ela cria flor e quando a abelha vem se alimentar ela morre. E o mel que era tirado anual 200 toneladas. Nem sei dizer quanto está tirando de mel, mas é muito pouco.

Izabella Freitas: Existe projeto futuramente para tentar dar outra mão de obra para estas pessoas que trabalhavam apenas com a criação de abelhas?

João Angelim: Até agora não existe. A gente tem até que conversar com o próprio governo para começar a fazer tanque de água na serra. Isso pode melhorar a nossa safra de mel da nossa cidade. Mas é difícil, porque tendo a água, mas não vai ter a flor, que a abelha sobrevive disso. É um sofrimento. Eu vejo a situação do nosso Brasil, do nosso estado e nossa Moreilândia é mais o que o homem tem destruído a natureza. Ele só sabe derrubar e não sabe plantar. E é isso que o nosso planeta vem sofrendo. Se o homem pensasse diferente quando derrubasse uma, plantasse duas no lugar ia melhorando.

Izabella Freitas: Prefeito, dentro dos projetos que o senhor tem para colocar a frente nos próximos anos no município, que área o senhor pretende focar mais em Moreilândia?

João Angelim: Como gestor do município, todas as áreas a gente vê que precisa ser focada. A saúde, as estradas, a agricultura do nosso município, onde o homem do campo sobrevive. Vejo o próprio governo federal, ele constrói muita casa na cidade, mas está esquecendo de construir casa na zona rural e está trazendo todo o povo para a cidade. Aí a zona rural fica vazia. Como vai suportar. De que este povo vai viver? Todo mundo na cidade. Ele tem que procurar a solução para construir as casas nas zonas rurais, nas pequenas propriedades e procurar atender com poço profundo, procurar atender o pessoal da zona rural para ele ficar lá. Porque ele vindo para a cidade sem ter o que fazer. Como vai resolver. A cidade vai ficar cheia.

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