Ministro acusou procuradores e PGR disse que ninguém vaza o que não tem.
Diário do Poder / Foto: Reprodução
O ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF) disse hoje que é preciso colocar um “freio” nos procuradores responsáveis pelas investigações da Lava Jato. A afirmação veio após matéria da revista Veja com detalhes da delação do empreiteiro Léo Pinheiro (OAS), o que foi considerado um vazamento oriundo do MPF.
Pouco depois, durante reunião do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, rebateu as acusações do ministro do STF e afirmou que os procuradores não são responsáveis pelo vazamento das informações, pois “ninguém vaza o que não tem”. Janot disse ainda que há um “estelionato delacional” com a divulgação das informações para pressionar o Ministério Público a homologar das delações.
Gilmar disse que a retaliação ficou evidente com relação ao colega de STF ministro Dias Toffoli após ele conceder habeas corpus ao ex-ministro Paulo Bernardo e por ter fatiado o processo da Lava Jato. “Houve manifestações críticas dos procuradores. Isso já mostra uma atitude deletéria”, disse. “Quem faz isso está abusando da autoridade”, concluiu.